Notícias
Museu - Projeto Flora do Utinga registra 738 espécies entre plantas e fungos no Parque do Utinga
A iniciativa é do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio) e do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)
O resultado dos estudos no Parque do Utinga Camillo Vianna evidencia grande diversidade de espécies da fauna e flora Foto: Leandro Ferreira / Museu Goeldi
Em quatro anos de pesquisa, o Projeto Flora do Utinga catalogou 738 de espécies entre plantas e fungos registrados nos diferentes tipos de vegetações nas Unidades de Conservação (UCs) da Região Metropolitana de Belém (RMB). O resultado da pesquisa demonstra a grande diversidade de espécies da fauna e flora nas (UCs). Os estudos são realizados no Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna, na Área de Proteção Ambiental (APA) de Belém, da Ilha do Combu e no Refúgio da Vida Silvestre Metrópole da Amazônia, que abrange Ananindeua, Benevides, Marituba e Santa Isabel do Pará.
O projeto Flora é desenvolvido desde 2018 pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio) e o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), com o principal objetivo de conhecer as diversas formas de vida das plantas e fungos nas quatro Unidades de Conservação (UC) da (RMB), o que possibilitará a criação de mecanismo que assegure a preservação e conservação da biodiversidade na região.
O registro das espécies que vivem na vegetação da região metropolitana quer contrbiuir para a conservação da biodiversidade Foto: Leandro Ferreira / Museu Goeldi
Das 738 espécies identificadas, 721 são espécies de plantas e 20 são de espécies de fungos, classificadas em 44,6%, são arbóreas, constituídas por árvores de grande porte;14% de liana, tipo de cipós e trepadeiras pertencem a um grupo de plantas que germinam no solo; 13,6% arbustiva, tipo de ramificação que cresce muito próximo do solo; 11,9 % herbáceas, geralmente as herbáceas são de pequeno porte e caule macio ou maleável, 9,8% de epifítica, plantas que vivem sobre outras plantas, como as orquídeas, 2,8% são palmeiras e 2,7% são de espécies de fungo. A coleta de dados no campo ocorre durante todo ano, com realização da coleta de liteira nas parcelas permanentes de vegetação implantadas na floresta de terra firme e coleta de animais, realizadas mensalmente.
Para a Presidente do Ideflor-Bio, Karla Bengtson, a catalogação das espécies, que vivem na vegetação da região metropolitana, tem como principal objetivo a conservação e preservação da biodiversidade, além de ser fonte de pesquisa para implementação de ações de observação, monitoramento e manutenção da biodiversidade nas Unidades de Conservação (UC).
O pesquisador do Museu Goeldi e coordenador do Projeto Flora do Utinga, Leandro Ferreira, ressalta a importância do Parque, para a conservação da biodiversidade, considerando os diversos tipos de vegetação existentes.
O Parque do Utinga Camillo Vianna guarda belezas naturais da biodiversidade amazônica Foto: Leandro Ferreira / Museu Goeldi
O Parque tem florestas de terra firme, inundadas e de campinaranas, formando um mosaico único, em uma área de 1.393,088 hectares, considerada pequena, no entanto, com uma grande variedade de espécies da flora, de fungos, além de elementos importantes da fauna brasileira.
Leandro Ferreira destaca ainda que a maioria das pesquisas são realizadas em parceria com bolsistas de iniciação científica do (MPEG), da Universidade Estadual do Pará (UEPA) e Universidade Federal do Pará (UFPA), e conta também com a participação de três estudantes do Instituto Federal do Pará (IFPA), campus Belém.
Pesquisador do Museu Goeldi, Leandro Ferreira, enfatiza que a pesquisa já catalogou espécies ainda sem registro no Pará Foto: Leandro Ferreira / Museu Goeldi “
A formação de recursos humanos é uma prioridade à concepção de pesquisadores e nada melhor do que fazer pesquisas dentro de uma Unidade de Conservação (UC), acessível e de vasta riqueza natural. Durante os quatro anos de pesquisa foram catalogadas algumas espécies, que ainda não haviam sido catalogadas registradas no estado Pará”, ressalta o pesquisador.