Notícias
Museu - Olhar sobre novas espécies
Um camaleão com 22 mm de comprimento, uma orquídea com centímetros de altura, um mico nunca antes visto e até uma baleia. Todos esses animais compõem a lista de espécies descobertas pelo homem em 2021.
É difícil precisar a quantidade exata de fauna e flora registrados pela primeira vez, mas somente no Museu de História Nacional de Londres foram catalogados mais de 500 novos animais no ano passado. Alguns deles, descobertas geológicas como quatro dinossauros. Mas também aparecem na lista 90 besouros, 52 vespas, 13 mariposas, sete caranguejos e seis moscas.
No Brasil, a descoberta do sagui-de-schneider foi feita por uma equipe da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), do Museu Paraense Emílio Goeldi e da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Mas ainda houve o sapinho-pingo-de-ouro na Mata Atlântica e a orquídea de praia, a Epidendrum fulgens, em ilhas oceânicas de São Paulo, entre outros.
Tanta biodiversidade, porém, está mais em risco do que nunca. Segundo a terceira e última parte do relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) divulgado na semana passada, o mundo tem até 2025 para começar a derrubar as emissões de gases de efeito estufa ou o aquecimento global pode alcançar uma média de 3,2ºC até 2100. Caso o cenário não seja revertido, aponta o relatório, mais de 1 milhão de espécies de plantas e animais podem ser extintas até o fim do século.
(Nota publicada na edição 1268 da Revista Dinheiro)