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Museu - Museu Goeldi conclui rebaixamento de árvore de quase 150 anos, idade que remonta ao tempo de criação da instituição
Ano passado, parte da árvore desabou com peso de duas a três toneladas e causou estragos no prédio da Rocinha. Novo diagnóstico feito por especialistas do próprio Museu determinou a intervenção para evitar novos riscos/Fotos: Museu Goeldi
O Museu Paraense Emílio Goeldi concluiu o rebaixamento do ser vivo mais antigo do Parque Zoobotânico, a “Senhora Guajará”, árvore da espécie Chrysophyllum venezuelanense, cuja idade éestimada pelo tempo de existência do próprio Museu, que já se encaixa na categoria sesquicentenária. Árvore, de grande porte – mais de 40 metros -, tem imensurável importância científica, histórica e ambiental. O trabalho de rebaixamento do “Guajará” começou em fevereiro, depois que o Museu diagnosticou e decidiu pela necessidade de medidas emergenciais de rebaixamento. A árvore, plantada no centro do Parque, entre duas edificações históricas, poderia cair e provocar novos danos. Para se ter ideia, no início de 2021, um galho de dois a três toneladas caiu sobre o prédio da Rocinha, destruindo telhado e abalando o monumento estruturalmente.
Para fazer o rebaixamento da árvore, o Museu Goeldi utilizou recursos próprios e contratou a empresa Caec Serviços e Construções LTDA, única possuidora de plataforma móvel com capacidade para chegar até 42 metros de altura. Após cortar 38 metros do tronco do Guajará, a empresa contratada ainda precisa retirar 20 metros de tronco que estão no solo do Parque. A permanência do tronco no chão complica ainda mais a situação do solo nessa área, já bastante encharcada pelas chuvas de inverno e o entupimento da galeria de 200 metros de extensão. Para desobstruir a galeria, que data de inauguração do Zoobotânico, em 1895, o Museu pediu e aguarda apoio da Prefeitura de Belém, para quem também recorreu na tentativa de refazer a calçada do seu entorno.
Parque de Monte Alegre entra na lista de beneficiários da WWF
O Parque Estadual Monte Alegre, oeste do Pará, foi o único selecionado pela organização sem fins lucrativos World Monuments Found (WMF) entre os 25 monumentos mundiais de valores culturais inestimáveis para receber apoio através do programa internacional “World Monuments Watch”. O parque é o único Patrimônio Cultural Imaterial brasileiro a ser beneficiado. Entre os monumentos selecionados aparecem as mesquitas e o cemitério Koagannu, das Ilhas Maldivas; o parque arqueológico de Teotihuacan, no México, e o castelo Hurst Castle, na costa sul da Inglaterra.
Único monumento brasileiro na lista, o Parque Estadual Monte Alegre abriga o sítio arqueológico mais antigo da Amazônia sul-americana, com pinturas rupestres de aproximadamente 12 mil anos. O parque também é habitat natural de espécies de animais ameaçados de extinção, como a ave Cacaué e a Aratinga maculata.