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Museu - Espécie de planta aquática é encontrada no Parque Estadual do Utinga "Camillo Vianna"
Pela primeira vez a Sagittaria guayanensis - Alismataceae foi encontrada no parque. Espécie havia sido registrada antes apenas nos municípios da região do Salgado
O registro é do pesquisador Leandro Valle Ferreira, da Coordenação de Botânica do Museu Emílio Goeldi (MPEG). O pesquisador destaca que é o primeiro registro deste tipo de planta aquática no parque. "Essa espécie só tinha sido relatada para os municípios do salgado paraense (Ajuruteua, Bragança, Capanema e Tracuateua). A descoberta da planta na APA Belém demonstra a importância florística das unidades de conservação da região metropolitana de Belém", ressaltou o pesquisador.
Foto: Leandro Ferreira / Museu Emílio GoeldiA presidente do Ideflor-Bio, Karla Bengtson, ressalta a importância da parceria entre IDEFLOR-Bio e Museu Emílio Goeldi, colocando as Unidades de Conservação (UCs) como importante fonte de pesquisa e formação acadêmica em nosso estado. Com os resultados das pesquisas, o IDEFLOR-Bio amplia a atuação para a preservação e conservação das espécies.
As plantas aquáticas têm papel fundamental no funcionamento dos ecossistemas aquáticos contribuindo para melhorar a qualidade da água, abrigo e alimentos para um grande grupo de animais aquáticos e importantes também na filtragem do excesso de nutrientes e metais pesados em lagos poluídos
A identificação e classificação da planta foi realizada pela ecóloga Thaísa Sala Michelan, professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), pesquisadora das plantas aquáticas da Amazônia, em especial aquelas presentes no estado do Pará. A pesquisadora se dedica a percorrer riachos e lagos do estado para identificar novas espécies e entender como as atividades humanas, como a agricultura e a pecuária, impactam a ocorrência dessas plantas.
Foto: Leandro Ferreira / Museu Emílio GoeldiProjeto
O projeto de pesquisa 'Flora do Utinga' teve início em 2018 e já catalogou cerca de 700 espécies de plantas e fungos. As pesquisas são realizadas no Parque Estadual do Utinga, na Área de Proteção Ambiental (APA) de Belém e no Refúgio da Vida Silvestre Metrópole da Amazônia. O estudo tem como objetivo fortalecer e preservar a biodiversidade da região, a partir da catalogação das formas de vida das plantas e fungos que ocorrem nessas unidades.