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Museu - Arqueologia na Amazônia Carajás foi tema de seminário no Centro Cultural de Parauapebas
Foram dois dias de palestras com profissionais da área arqueológica, que contaram a história da região onde 11 mil anos atrás já era habitada. Prefeitura projeta explorar a arqueologia como atração turística do município.
Pesquisadores renomados em arqueologia fizeram o público voltar no tempo durante o seminário “Arqueologia de Carajás, o Valor da História” realizado nos últimos dias 8 e 9 no Centro Cultural de Parauapebas. Foi uma vasta programação, com temas relacionados ao patrimônio arqueológico existente na região de Carajás, para despertar na comunidade local a importância desse bem patrimonial.
Aberto gratuitamente a todos os públicos, o seminário fez parte do projeto Caminhos da Arqueologia na Amazônia de Carajás, com patrocínio do Instituto Vale e apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Parauapebas (Secult) e Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG).
Um dos palestrantes foi Marcos Pereira Magalhães, geólogo do Museu Emílio Goeldi, que há décadas realiza pesquisas na Amazônia. “São assuntos que precisam ser divulgados para a sociedade, principalmente para os moradores locais, já que muitos desconhecem a nossa história arqueológica que inclusive aqui em Carajás começou a 11 mil anos atrás. Hoje, iremos fazer uma imersão no tempo”, destacou o pesquisador.
Durante o evento, foi apresentada a proposta do Museu de Parauapebas Hilmar Harry Kluck de ter um espaço destinado à arqueologia, com a missão de salvaguardar a história da capital do minério. A construção de um novo museu faz parte do pacote de obras do Programa Municipal de Investimentos (PMI).
O secretário municipal de Cultura, Sadisvan Pereira, participou da abertura do evento e ressaltou: “Temos projetos grandiosos para Parauapebas, e hoje estou muito feliz com essa parceria que veio agregar muitos conhecimentos e, principalmente, muitas parcerias para a nossa cultura. Isso é apenas o pontapé inicial. Em breve, vem novidades”.
Arqueologia e turismo
Para este ano, um dos projetos da Secult para valorizar a arqueologia e a história de Parauapebas é promover pintura artística das fachadas de várias casas em comunidades de Parauapebas e Canaã dos Carajás – criando assim galerias ao ar livre -, com obras alinhadas à temática do patrimônio arqueológico.
André Monteiro, Coordenador do Projeto Caminhos da Arqueologia na Amazônia Carajás, reforçou a importância de fomentar o turismo por meio da arqueologia. “O nosso projeto tem como objetivo, primeiro, a democratização desse patrimônio arqueológico de Carajás, que mesmo estando aqui ainda é pouco conhecido pela população local. E também fomentar o turismo a partir desse patrimônio”.
Texto: Marcelo Duarte
Fotos: Orion Lima