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Museu - Água e solo do rio Tapajós serão avaliados por grupo de trabalho da UFOPA
Criado por meio da Portaria n. 10/22, o Grupo de Trabalho (GT) denominado “Águas do Tapajós” é Composto por 33 pesquisadores e será presidido pela profa. Dra. Iracenir Andrade dos Santos (CFI), terá duração de 6 meses, mas poderá ser prorrogado caso seja necessário. Na sexta-feira, 25, online, na qual foram definidas as ações do GT. Inicialmente os pesquisadores irão reunir suas publicações acerca de pesquisas já feitas no rio Tapajós. Esses dados serão apresentados às entidades que vem solicitando informações científicas à universidade.
De acordo com a portaria, em seu Art. 3º, são atribuições do GT: a) avaliar os parâmetros físico-químicos que já foram coletados ou que ainda vão ser coletados das águas e solo do rio Tapajós; 2) emitir, no final das atividades, relatório ou laudo sobre as condições das águas do rio Tapajós.
O professor Ricardo Bezerra (Iced) defendeu um “monitoramento contínuo do rio Tapajós”, ele também sugeriu a criação de um “plano permanente” de ação para realizar um estudo coordenado não só do rio, mas também da “fauna e da flora da região”.
A Profa. Iracenir reconheceu que o que está ocorrendo em Alter do Chão “é um problema complexo”, e completou: “precisamos mesmo de um trabalho coordenado, com a participação de vários pesquisadores para enfrentar esse problema precisamos unir forças”, afirmou. Ela citou o projeto Água do Tapajós que já atua no rio Tapajós realizando pesquisa científica. “Precisamos trabalhar em toda a cadeia produtiva, inclusive das pessoas. Para realizar o trabalho com cuidado e segurança”, essa ideia foi compartilhada pela prof. Luciana Carvalho, do Intituto de Ciências da Sociedade (ICS).
“A poluição causada pelo aumento da turbidez chama atenção, mas a poluição invisível resultante de outras atividades precisa ser investigada e monitorada” alertou a profa. Dra. Rose Meira do Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA).
Parceira com Governo do Estado – Para o Secretário Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS), José Mauro de Lima Ó de Almeida, “a integração [com a Ufopa] consistirá em reunir e compartilhar informações para que possamos elencar quais as medidas de atuação e de fiscalização necessárias para a região. Nossa ideia é também reunir representantes da UFPA [Universidade Federal do Pará], do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e todas as instituições que tenham pesquisas sobre o tema e estruturas necessárias, como laboratórios, para aprofundarmos os conhecimentos”.
Integrante do Laboratório de Biologia Ambiental (Ufopa), a profa. Yngléa Goch pesquisa o tema desde seus estudos de graduação. “Essa é uma oportunidade de iniciarmos um monitoramento permanente da bacia do Tapajós”. Ela vem acompanhando de perto essa questão desde 2018. “É importante também estudarmos os aspectos sociais e educacionais relativos à essa questão são necessários”.
Solicitação de informações – Seis agentes externos enviaram à Ufopa pedidos de esclarecimentos sobre a turbidez das águas. “Além da solicitação do Governo do Estado, nós recebemos pedidos de outros órgãos como o Ministério Público Estadual (MPE), Ministério Público Federal (MPF), solicitando informação sobre a mudança na cor das águas do rio Tapajós, IBAMA, ICMBIO, e Polícia Federal”, informou o prof. Bruno Batista (Proppit), que presidiu a reunião do GT.
O prof. José Mauro Sousa de Moura sugeriu que seja feito um levantamento das publicações dos professores e discentes sobre o rio Tapajós. “Em seguida, já elencamos os projetos que estão realizando medidas (principais aspectos da qualidade da água) no canal principal do rio seus afluentes”.
“O nosso papel como universidade pode ser decisivo para uma transformação dessa realidade do Tapajós”, concluiu o prof. Luiz Reginaldo Ribeiro Rodrigues (Iced).
Próximos passos – No próximo dia 1º de fevereiro (terça-feira), às 14h, será realizada uma reunião, em formato online com representates das seis entidades externas que solicitaram informações acerca das alterações na cor das águas das águas do rioTapajós, principalmente na vila de Alter do Chão.
Texto: Lenne Santos
Ascom UFOPA
Fonte: O Estado Net