Eventos
Eventos virtuais
O assomo da pandemia de Covid-19 e a situação de emergência sanitária que vive o país fez com que as atividades virtuais se manifestassem enquanto a única alternativa para a continuidade do trabalho de diversas instituições, a exemplo dos museus. Neste contexto, o Serviço de Atividades Culturais (Seac) do Museu do Índio – Funai adaptou as suas atividades culturais e pedagógicas planejadas para os anos de 2020 e 2021 ao ambiente online:
18ª Semana de Museus
Em maio de 2020, durante a 18ª Semana de Museus, com o tema Museus para a Igualdade: Diversidade e Inclusão, o Seac apresentou o Projeto Museu do Índio na rede: tecendo saberes, diminuindo distâncias, e realizou duas atividades virtuais: o lançamento do filme “Sonho de Fogo”, do cineasta Alberto Tupã Ra’y Alvares Guarani, no dia 22/05, no YouTube do MI; e o lançamento do vídeo-convite do recepcionista X’maya Kaká, do povo Fulni-ô, no dia 24/05, em todas as nossas redes, chamando o público para conferir a exposição virtual No Caminho da Miçanga - Um mundo que se faz de contas, disponível na plataforma Google Arts & Culture, neste link: https://artsandculture.google.com/exhibit/no-caminho-da-mi%C3%A7anga/AAJiN-7p65D7Jw
Projeto Nhemongueta Kunhã Mbaraete
Nos meses de junho e julho de 2020, em uma parceria com o Instituto Moreira Salles, por meio do Programa “IMS Convida”, foi lançado o Projeto Nhemongueta Kunhã Mbaraete - termo no idioma guarani-kaiowá para designar "conversas entre mulheres guerreiras". Nele, as cineastas Michele Kaiowá, Graciela Guarani, Patrícia Ferreira Pará Yxapy e Sophia Pinheiro trocaram uma série de vídeo-cartas, nas quais compartilharam seus pensamentos e visões, sob a perspectiva afetiva, etnofilosófica e crítica, sobre e durante o período de isolamento social. Todos os vídeos seguem disponíveis na página do IMS: https://ims.com.br/convida/michele-kaiowa-graciela-guarani-patricia-ferreira-para-yxapy-sophia-pinheiro/ .
Programa Museu do Índio Viajando nas Redes
Em junho de 2020, teve início o Programa Museu do Índio Viajando nas Redes, com o lançamento quinzenal de ciclos de vídeos culturais de cunho educativo, conduzidos por arte-educadores indígenas de diferentes povos e abordando os mais diversos temas, nas plataformas virtuais da instituição. Esta atividade é a transformação do Programa Museu do Índio Viajando, que abarca todos os projetos de educação museal extra-muros produzidos pelo Seac (Projeto Museu do Índio Vai à Escola, Projeto Empréstimo de Coleções e eventos e parcerias interinstitucionais), para o formato virtual. O Programa tem por objetivo divulgar conhecimentos qualificados sobre os povos originários do Brasil, por meio da linguagem da educação museal, sobretudo para o público escolar (educandos, educadores e demais profissionais da área).
Ciclo de vídeos “Conversando com Aline Rochedo Pachamama” (povo Puri da Mantiqueira)
Como primeira atividade do Programa, entre 22 e 26 de junho de 2020, ocorreu o ciclo de vídeos denominado “Conversando com Aline Rochedo Pachamama”, do Povo Puri da Mantiqueira. A cada dia, foi disponibilizado um novo vídeo nas redes sociais do Museu (Youtube, Instagram e Facebook), destinados às crianças, suas famílias, e também educadores, com temas voltados ao aprendizado e à conscientização sobre os povos indígenas. Foram abordados aspectos da vida e da cultura do povo Puri, reflexões sobre adequação de palavras, pluralidade cultural, contemporaneidade dos povos indígenas e outros assuntos, sempre de maneira leve e didática, pela voz da escritora, ilustradora e historiadora do povo Puri.
Ciclo de vídeos “Museu do Índio Viajando nas redes com Ana Kariri” (Povo Kariri da Paraíba)
A Arte-educadora Ana Maria Kariri concebeu, para o Programa Museu do Índio Viajando nas Redes, 06 vídeos em que trata de variados temas e de algumas vivências pessoais enquanto mulher indígena, tais como a arte e a literatura indígena nas escolas, artesanatos, alimentos tradicionais, vocabulários Dzubukuá, hábitos, contos e cantos de Rojão do povo Kariri da Paraíba.
Nascida em Esperança, na Paraíba, e residente, desde a infância, no município de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, Ana Maria Kariri é Professora de Ensino Fundamental, Arte-Educadora, Artista, Artesã e Poetisa.
Desenvolve diversas oficinas, dentre elas, de Artes, mandalas, filtros de sonhos e contação de histórias. Se especializou em Emendas Parlamentares e Projetos Especiais, enquanto esteve na Prefeitura Municipal de Duque de Caxias, desenvolvendo projetos pedagógicos e culturais para a Secretaria de Cultura e Turismo e Secretaria de Educação.
Recentemente, foi premiada com o troféu Arte em Movimento pela participação no MMMR (Movimento Mundial Mulheres Reais), sendo reconhecida pela luta na arte e poesia de resistência indígena e do movimento de ressurgência do povo Kariri.
Ciclo de vídeos "Canaremundê Opeh: Puri em Sol", com Dauá Puri (Povo Puri)
Nessa série musical, Dauá Puri desenvolve um ciclo de 10 (dez) vídeos buscando conectar duas vertentes de narrativa e produção de conteúdo: a indigenista, por parte do Museu do Índio, e a musical, enfoque do Museu Villa-Lobos, em um projeto interinstitucional entre esses dois museus sediados no Rio de Janeiro.
Na série, Dauá apresenta aspectos da cultura do povo Puri, que sobreviveu às intempéries do tempo, em meio a melodias e vocábulos indígenas, falando de temas tais como canto, dança, confecção de instrumentos musicais, literatura Puri, sonoridades da natureza, cultura e história de seu povo, por meio de uma viagem de sensibilização sonora e interação musical. Foram, ainda, suscitadas reflexões sobre a relação entre músicas indígenas tradicionais e os estudos do Maestro Villa-Lobos, a presença indígena no contexto urbano e a reinvenção da educação museal em tempos de pandemia.
Dauá Silva é ancião indígena da etnia Puri, povo originário do sudeste da Mata Atlântica, na região de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Dauá é um multi-artista, natural do Rio de Janeiro, que se multiplica em diversos ofícios e se dedica ao resgate da musicalidade de seu próprio povo: é Arte-educador, pesquisador da cultura Puri, contador de histórias, animador cultural, educador do campo em Ciências da Natureza, animador, escritor, ator, cenógrafo, compositor de música popular e comunicador.
Mostra virtual Os Céus dos Povos Originários
Em janeiro de 2021, foi lançada, em parceria com o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), a exposição virtual Os Céus dos Povos Originários, que reúne desenhos, pinturas e colagens feitas por crianças e adolescentes entre 3 a 15 anos, pertencentes a doze diferentes povos indígenas, exibindo seus olhares e percepções sobre o céu. A exposição segue aberta à visitação virtual e reflete a diversidade de representações celestes de artistas mirins dos povos Fulni-ô, Guarani-Mbya, Guarani-Nhandeva, Guarani-Kaiowá, Puri da Mantiqueira, Manoki e Timbira, Tingui-Botó, Tupiniquim, Tabajara-Tapuio-Itamaraty, Kariri e Pitaguary. Pode ser conferida no link: https://mast.br/ceus-originarios/ .