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Museu realiza mostra de cinema em parceria com Museu da República
Em comemoração ao Dia Internacional dos Povos Indígenas, celebrado em 9 de agosto, o Museu dos Povos Indígenas vai promover em parceria com Museu da República, uma mostra de três filmes concorrentes do 25ª Edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica).
O festival foi realizado de 11 a 16 de junho, na cidade de Goiás (GO) e contou com apoio da do Museu, órgão científico cultural da Funai. A edição deste ano contou pela primeira vez com a Mostra de Cinema Indígena e Povos Tradicionais.
No dia 8 será exibido o longa-metragem “A transformação de Canuto”, grande vencedor da Mostra. Dirigido por Ariel Kuaray Ortega, um cineasta do povo Mbyá-Guarani , e Ernesto de Carvalho, uma referência quando se fala de documentários indigenistas, o filme conta a história de Canuto, um homem que marcou a pequena comunidade Mbyá-Guarani , localizada na fronteira entre o Brasil e a Argentina. Na comunidade se fala que Canuto se transmutou em uma onça, e lutou para defender sua comunidade dos agressores que vinham de longe.
O documentário “Sekhdese” e “Tuire, o gesto do facão” serão exibidos no dia 9. Dirigido por Graciela Guarani e Alice Gouveia, Sekhdese aborda a sabedoria das mulheres indígenas, expondo a luta pela terra, cultura, meio ambiente e o etnocídio provocado pelas investidas das igrejas neopentecostais. “Sekhdese” significa “sabedoria”, em Yathê, língua do povo Fulni-ô, de Pernambuco.
Já “Tuire, o gesto do facão”, de Simone Giovine e do Coletivo Beture, a guerreira Tuire Kayapó relata para o neto Patkore detalhes sobre o lendário gesto do facão na mobilização contra Belo Monte, em Altamira (PA).
As exibições serão seguidas de uma roda de conversa conduzida pela diretora do Museu, Fernanda Kaingáng, do antropólogo João Tikuna e do poeta e pesquisador Idjahure Kadiwéu.
No dia 10 está programada a exibição do documentário “De longe toda serra é azul”, de Neto Borges. A obra é baseada baseada no livro homônimo do indigenista e escritor Fernando Schiavini, que começou sua trajetória nos anos 70 coordenando um posto da Funai na Amazônia. No filme, Schiavini volta aos lugares e aldeias onde atuou e contribuiu de forma definitiva na defesa dos direitos indígenas. Ao final será realizada uma conversa com o chefe do Serviço de Atividades Culturais do Museu, Fernando Esteban do Valle.
A mostra de filmes é gratuita e será realizada nos dias 8, 9 e 10 de agosto, às 14h30, no Museu da República, situado na Rua do Catete, 153, no bairro do Catete, RJ.
Programação:
📍 Dia 8
A Transfomação de Canuto. 130'. Direção de Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho
📍 Dia 9
Sekhdese. 86'. Direção de Graciela Guarani e Alice Gouveia
Tuire, o gesto do facão. 9'. Direção de Simone Giovine e Coletivo Beture
Roda de conversa com João Tikuna, Idjahure Kadiwéu e Fernanda Kaingáng
📍 Dia 10
De longe toda serra é azul. 85'. Direção de Neto Borges
Conversa com Fernando Esteban do Valle