Saiba mais sobre o CAud
O Centro Audiovisual (CAud) é uma moderna estrutura da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), gerida pelo Museu Nacional dos Povos Indígenas, e está localizado na capital do estado de Goiás, na região central do Brasil, estrategicamente mais próximo às aldeias indígenas das regiões norte e centro-oeste. O Centro foi inaugurado no dia 11 de julho de 2024, com um evento que reuniu a presidenta da Funai, Joenia Wapichana, da diretora do Museu Nacional dos Povos Indígenas, Fernanda Kaingáng, e de lideranças, cineastas e comunicadores indígenas, especiamente do Território Indígena do Xingu.
O objetivo do Centro é oferecer formação continuada e complementar a estudantes e profissionais indígenas em novas técnicas de produção e edição de mídias digitais, bem como exibir produtos artístico-culturais produzidos por eles, oferecendo à comunidade a oportunidade de acesso à diversidade e riqueza cultural a partir da perspectiva de cada povo. Serão oferecidos cursos presenciais e também são previstos cursos no formato EaD (Educação à Distância), para atender a demanda de estudantes de diversas partes do país.
Desde sua criação, em 1953, o Museu custodia diversos registros audiovisuais relativos aos povos indígenas. O antropólogo Darcy Ribeiro, fundador do órgão, sempre viu nesses registros o potencial para desconstrução de estereótipos e combate a preconceitos. Agora, com a abertura do CAud, essa missão de salvaguarda e valorização é ampliada.
Objetivos
As competências do CAud são definidas conforme o estabelecido pelo artigo 233 da Portaria nº 666, de 2017, que aprova o Regimento Interno da Fundação Nacional do Índio (FUNAI):
Art. 233. Ao Centro Audiovisual – Museu do Índio - CAud-MI, compete: I - capacitar representantes dos povos indígenas em técnicas de registro audiovisual; e II - promover a preservação e divulgação de produtos audiovisuais.
Portanto, o Centro destina-se à formação e à capacitação em técnicas audiovisuais das comunidades indígenas de todo o território nacional, através de cursos, palestras, oficinas, workshops, dentre outros.
O CAud também oferecerá à comunidade externa uma série de atividades artístico-culturais, tais como oficinas audiovisuais, exposições de artes indígenas, apresentações de cinema étnico, workshops de fotografia étnica, pintura indígena e lançamento de livros.
Criação
A criação do Centro Audiovisual de Goiânia ocorreu a partir do Decreto 7.778, de 27 de julho de 2012, conferindo nova função ao espaço em que funcionara a antiga Administração Executiva Regional da Funai em Goiânia-GO. Esse imóvel, que conta com uma área total de mais de 1.873,49 m², foi construído na década de 1970 para abrigar a Casa de Atendimento de Saúde aos Índios dos estados do Mato Grosso, Goiás e Tocantins, que, posteriormente, tornou-se a sede da Administração Executiva Regional de Goiânia.
Após a execução dos projetos de reformas e construção de novos espaços nos últimos anos, o CAud tornou-se um espaço moderno e bem equipado, construído a partir de projetos adequados às características da sustentabilidade e paisagístico.
Espaço físico
O espaço físico é constituído por:
auditório/cinema, que é um espaço multiuso que pode funcionar como duas salas de aula ou duas salas de cinemas ou juntar os espaços formando uma única sala de aula ou cinema pra 153 pessoas, com acústica e climatização adequada às normas da ABNT. Esse espaço possui foyer e lavabos;
prédio circular, com acústica e climatização adequada às normas para preservação do material exposto e para as apresentações, com espaço para exposição, sala de recepção de público, sala de comando e circulação com espaços expositivos;
prédio de dois pavimentos, com sala de edição vídeo para aulas, estúdio de áudio para gravação, mixagem e edição (com acústica), montagem e manutenção de exposição, espaço para acervo de livros, dml, salas para serviços de segurança e limpeza, copa, depósito para guarda de material, salas de reuniões e para as equipes técnica e administrativa;
prédio circular pequeno destinado a um futuro “café”; banheiros masculino/feminino, acessível para pessoa portadora de necessidades especiais e lavabo família;
paisagismo e urbanização, caracterizados por plantas do cerrado, cultivares da cultura indígena, lago ornamental, pavimentação interna e calçadas executadas com material sustentável e permeabilidade, muro com fechamento de vidro temperado para integração interna e externa e para exposições fotográficas.