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G20 SOCIAL
Ministra das Mulheres participa de debate sobre igualdade salarial e cerimônia de abertura do G20 Social
Abertura do G20 Social | Foto: Isabela Castilho/G20 Brasil
A igualdade de direitos no mundo do trabalho foi tema de debate nesta quinta-feira (14) durante a programação do G20 Social. A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, participou da atividade autogestionada “Superação das Desigualdades entre mulheres e homens no Mercado de Trabalho: a relevância da Lei de Igualdade Salarial”, organizada pelo Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Em sua fala, a ministra destacou a Lei da Igualdade Salarial entre Mulheres e Homens como uma conquista das mulheres e trouxe o desafio para sua implementação, com as ações judiciais apresentadas pelas entidades empresariais pela não obrigatoriedade dos relatórios de transparência.
“Nós não podemos abrir mão da igualdade salarial entre mulheres e homens, essa é uma luta histórica”, afirmou Cida Gonçalves. “A lei da igualdade salarial é uma conquista nossa, das mulheres. Houve um grande esforço do presidente Lula para aprovar a Lei, mas há décadas as mulheres brigam por salário igual”, lembrou.
A ministra celebrou a aprovação na Câmara dos Deputados, na última segunda-feira (11), do Projeto de Lei da Política Nacional de Cuidados, um tema que está totalmente relacionado à igualdade salarial e à igualdade de direitos no mundo do trabalho. “As mulheres trabalham o dobro do tempo em relação aos homens com atividades domésticas e cuidado com crianças, idosos, pessoas doentes ou com deficiência”, complementou a ministra Cida.
Cerimônia de abertura do G20 Social celebra legado da presidência brasileira
O ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, disse que o G20 Social pode ser um dos maiores legados da presidência brasileira e a África do Sul pretende manter o fórum em 2025. O ministro ressaltou a coragem e a ousadia do presidente Lula por levar o debate do G20 até o povo por meio da criação do encontro.
Márcio Macêdo argumentou ainda que a presidência brasileira não está só no discurso político, está propondo ações concretas como a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Além de debater temas como a taxação dos milionários que pode resolver o problema da fome, ajudar a manter as florestas de pé, financiar programas para os indígenas, ribeirinhos, seringueiros, moradores das periferias, enfim, para as pessoas em situação econômica mais vulnerável.
O Embaixador Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, destacou que neste primeiro dia de evento 40 mil pessoas estiveram presentes para trazer suas colaborações para a cúpula. “Sem a participação da sociedade o sucesso da nossa presidência não teria sido tão grande, vamos deixar uma marca importantíssima. Uma das prioridades brasileiras - a luta contra a fome e a pobreza - não poderia existir com medidas efetivas se não houvesse um diálogo com a sociedade e um acolhimento das contribuições dos cidadãos comuns”, afirmou Mauro Vieira.
Para Nandini Azad, presidente do Fórum de Mulheres Trabalhadoras da Índia, a presidência brasileira inova ao incluir as vozes do chão. Discursando em nome dos movimentos sociais, que reúnem cerca de 33 mil pessoas no evento paralelo à Reunião de Cúpula do G20, Nandini disse que a inclusão e acesso serão os símbolos deixados pelo Brasil. “Passei 20 horas viajando só para participar dessa conferência e eu sei o poder que a sociedade tem e vocês, no Brasil, sabem disso também. Em quantos países a sociedade civil é incorporada na governança? Isso não acontece muito, então muito obrigada por esse feito histórico. Namastê”, disse.
Ela também pediu para que os líderes globais ouçam as minorias. “Precisamos incluir melhor as mulheres porque uma organização com 660 mil mulheres tem transformado a vida das comunidades. Chegou a hora de essa presidência [do Brasil] assegurar que as mulheres se tornem as grandes decisórias das políticas públicas. Isso é algo que peço gentilmente que mantenham em mente. Elas precisam estar na linha de frente”, disse a ativista indiana.
A cerimônia de abertura contou também com a participação da primeira-dama, Janja da Silva, da ministra da Cultura, Margareth Menezes, do ministro da Educação, Camilo Santana, da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.