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COP29
Debate sobre gênero e justiça climática é destaque em painel da COP29
Foto: Thaise Torres/MIR
A 29ª Conferência do Clima das Nações Unidas - COP29 teve início nesta semana em Baku, no Azerbaijão, reunindo milhares de pessoas de países signatários, além de observadores de organizações internacionais, sociedade civil, setor privado, academia e outros grupos. O Ministério das Mulheres marca presença no encontro com foco nos debates sobre os impactos das mudanças climáticas na vida de mulheres e meninas e a centralidade da perspectiva de gênero nas discussões relacionadas a financiamento climático e defesa de uma transição energética justa e igualitária.
Nesta quinta-feira (14), a assessora de Meio Ambiente e Justiça Climática da pasta, Joci Aguiar, participou do painel “Boas Práticas de Transversalização de Gênero e Incorporação de Raça no Plano Nacional de Adaptação Brasileiro”. Em sua intervenção, Aguiar apresentou o processo de Transversalização de Gênero no Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima, realizado a partir do trabalho conjunto de diversos ministérios e da escuta ativa das mulheres de povos e comunidades tradicionais, campo, cidades, águas e florestas.
A assessora do Ministério das Mulheres também destacou a importância da construção das diretrizes emergenciais para atendimento às mulheres atingidas em situações de emergência climática, como é o caso das enchentes no Rio Grande do Sul e as secas na Amazônia. Em maio deste ano, a pasta enviou para o governo do RS diretrizes para atendimento a mulheres e meninas em situações de emergência climática.
A inclusão de mulheres em espaços de tomada de decisão sobre o tema da ação climática, a centralidade do trabalho de defesa da fauna e da flora, a importância das mulheres para a produção de alimentos e a preservação das culturas e territórios também foram temas levantados no painel. “Precisamos, enquanto ministério, quantificar o trabalho de preservação realizado pelas mulheres”, afirmou Joci Aguiar para destacar como as mulheres atuam como guardiãs do planeta.
O painel também contou com a exposição de Ronaldo Santos, secretário de Políticas para Quilombolas, Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, Povos de Terreiro e Ciganos do Ministério da Igualdade Racial (MIR); Luzi Borges, diretora de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e de Terreiro do MIR; Sila Mesquita, coordenadora Nacional da Rede de Trabalho Amazônico - Rede GTA; Selma Dealdina, da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas - CONAQ; e moderação da diretora de Políticas Públicas e Engajamento da LACLIMA e co-fundadora da Rede Amazônidas pelo Clima (RAC), Caroline Medeiros Rocha Frasson.