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Mulheres no G20
“Devemos enfrentar a raiz do problema, que é a misoginia”, destacou a ministra de Mulheres na estreia do GT de Empoderamento de Mulheres no G20
Inaugurando os trabalhos da Trilha de Sherpas em 2024, começou nesta quarta-feira (17) o grupo de trabalho (GT) de Empoderamento de Mulheres. Criado durante a presidência indiana do G20, em 2023, esta é a primeira do grupo, que neste ano é coordenado pelo Ministério das Mulheres do Brasil. A reunião ocorreu por videoconferência, na sede do G20 em Brasília.
Reforçando a importância deste momento na história do G20, tanto a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, quanto a primeira-dama do Brasil, a socióloga Janja Lula da Silva, fizeram uma fala de abertura dos trabalhos, dando as boas-vindas às representantes dos países-membros e enfatizando as prioridades da presidência brasileira do grupo.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, iniciou a fala destacando que "para o Brasil, é um grande orgulho presidir o G20 e ser o primeiro país a liderar os trabalhos entre governos pela redução da desigualdade de gênero. A pauta da igualdade de direitos entre homens e mulheres é crucial para nós" e prosseguiu ressaltando o compromisso do governo brasileiro com o tema relembrando que "no início de 2023, assim que assumiu o cargo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu criar, pela primeira vez na história do país, um órgão com status de Ministério que se dedica exclusivamente à pauta das mulheres".
“Tenho defendido que devemos enfrentar a raiz do problema, que é a misoginia - o ódio contra as mulheres, e ponto central de todas as outras discriminações de gênero”, destacou Cida Gonçalves, que pretende construir consensos e entregas coletivas durante este ano frente ao GT. No início da semana, a ministra concedeu uma entrevista exclusiva ao site do G20 Brasil, detalhando os temas centrais do grupo e os desafios que ainda existem no mundo quando o assunto é igualdade de gênero.
Já Janja Lula ressaltou os objetivos da presidência brasileira no G20 e a necessidade de um recorte de gênero ao debater desigualdades. “Na nossa realidade desigual, são os países do Sul Global que têm sofrido as maiores perdas materiais e humanas. Mas hoje já podemos observar que os países do Norte e os mais ricos também têm percebido o aumento dos impactos em seus territórios e populações. Nesse cenário, as mulheres estão ainda sob maior risco e sofrem de forma desproporcional os prejuízos das crises”, colocou a primeira-dama do Brasil.
Com participação de todos países-membros do G20, a reunião contou ainda com cinco dos oitos países convidados do Grupo de Trabalho (Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Noruega e Portugal), além de Bangladesh. Para além das representações governamentais, organizações internacionais também estiveram integradas neste primeiro dia de reunião. São elas: Comissão Europeia, Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, Fundo de População das Nações Unidas, ONU Mulheres, Organização Internacional do Trabalho e Organização Mundial da Saúde.
A reunião prossegue até quinta-feira (18). A próxima reunião do Grupo de Trabalho Empoderamento de Mulheres está prevista para os dias 8 e 9 de maio, também em Brasília, mas de forma presencial.
Com informações do site do G20.org