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21 DIAS DE ATIVISMO
Brasil sem Misoginia: Casas das Mulher Brasileira participam de ação simultânea promovida pelo MMulheres
O Ministério das Mulheres, através da iniciativa Brasil sem Misoginia, tem promovido ações em todo o país para a conscientização da importância do enfrentamento à misoginia. No dia 24, véspera do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, Casas da Mulher Brasileira (CMB) das cinco regiões do país realizaram atividades, palestras e rodas de conversa para mobilizar a população sobre os impactos sociais da prática da misoginia não apenas para as mulheres.
Em Campo Grande/MS, a subsecretaria de Políticas para a Mulher (Semu) promoveu, na Casa da Mulher Brasileira, uma palestra com a juíza Dra. Jacqueline Machado com o tema “Misoginia: conceito e relações entre machismo e sexismo”. “A misoginia é o ódio ou aversão às mulheres, que se manifestam através do machismo e do sexismo, resultando em todas as formas de violência e discriminação contra as mulheres. Portanto, para nós enfrentarmos o fenômeno da violência, nós temos que discutir e aprofundar nas suas causas, e entre as causas de violência está a misoginia”, apontou Carla Stephanini, subsecretária da Semu.
Já a Casa da Mulher Brasileira de Curitiba sediou o evento "Curitiba sem misoginia e capacitismo", com o objetivo de conscientizar funcionários e atendentes da CMB sobre a complexidade das violências dirigidas às mulheres. “A Casa da Mulher Brasileira é multissetorial e é fundamental que todos possam atender de forma alinhada, usando termos corretos, sem capacitismo. Aqui é também um espaço de acolhimento, por isso é muito importante estarmos atualizados e sempre avançando”, declarou Sandra Praddo, coordenadora-geral da CMB.
Na capital maranhense, em São Luís, a iniciativa somou esforços com Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para promover um encontro informativo sobre a lei que institui pensão especial a filhos e dependentes de vítimas do feminicídio, com o tema: “A misoginia mata todos os dias: órfãos do feminicídio”.
Em Boa Vista/RR, a programação teve início pela manhã com a oficina de cartazes, tendo a participação de alunos e mulheres. Também foram realizados diálogos e rodas de conversas com temas voltados aos 21 dias de ativismo, feminicídio, misoginia, Lei Maria da Penha, violência contra mulheres e meninas. No final do dia, foi realizada uma blitz educativa alusiva à campanha em frente à Assembleia Legislativa de Roraima.
Em Fortaleza/CE, a reflexão foi a respeito dos 21 Dias de Ativismo - Por um Brasil sem Misoginia. A CMB de São Paulo/SP também participou da programação, promovendo uma roda de conversa sobre “Os desafios do enfrentamento à misoginia”.
21 Dias de Ativismo
A programação marca as ações dos “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, mobilização realizada todos os anos entre 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, e 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Celebrada desde 1991, a data é uma homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, mulheres dominicanas assassinadas no dia 25 de novembro de 1960 pelo regime ditatorial de Rafael Trujillo.
No Brasil, a campanha dura 21 dias e tem início no Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, denunciando as múltiplas violências enfrentadas pelas mulheres, levando em conta as suas especificidades territoriais, de raça, classe social, idade e orientação sexual. Além de informativas, as ações convidam mais mulheres a participarem dos espaços de formulação de políticas públicas para defenderem seus direitos.