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Reunião com GT de Monitoramento de Indicadores do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero discute primeira versão do RASEAM 2023
O Observatório Brasil da Igualdade de Gênero coordenou na sexta-feira (08/12), em Brasília, a primeira reunião técnica de 2023 com os integrantes do Grupo de Trabalho de Monitoramento de Indicadores do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero. O objetivo do encontro foi a apresentação da versão preliminar do Relatório Anual Socioeconômico da Mulher – RASEAM 2023, para discussão, avaliação e validação.
Para viabilizar o processo de elaboração do RASEAM, foi criado há uma década, pela então Secretária de Políticas para Mulheres (SPM), o GT de Monitoramento de Indicadores do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero, de caráter permanente, com o objetivo de contribuir para a definição e análise de indicadores que permitam a elaboração e divulgação do RASEAM. A criação do GT, institucionalizada pela Portaria nº 119, de 26 de setembro de 2012, visou garantir um espaço de articulação de parcerias interdisciplinares e interinstitucionais, para subsidiar a regulamentação e implementação do RASEAM.
Coordenado e secretariado pela equipe técnica do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero, o GT tem representantes do Ministério das Mulheres – Secretaria Nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política (SENATP), Secretaria Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados (SENAEC) e Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres (SENEV), ONU Mulheres, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Organização Internacional do Trabalho (OIT), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Na abertura da reunião, Roberta Viegas, coordenadora-geral do Observatório, destacou a importância da retomada da produção do relatório, bem como o papel do GT nesse recomeço, e informou que a edição de 2023 tem lançamento previsto para o primeiro semestre do próximo ano.
Camila Rocha Firmino, coordenadora do Observatório, apresentou a missão e as atividades realizadas pelo Observatório Brasil da Igualdade de Gênero e explicou de que maneira o GT poderá contribuir para o monitoramento de indicadores que são subsídio para a formulação de políticas públicas para mulheres no País. Além disso, ressaltou o papel das instituições que integram o grupo de trabalho na análise, produção e divulgação do RASEAM 2023.
Alessandra Scalioni Brito, assistente técnica do Observatório, explicou sobre o conteúdo analisado referente aos eixos Estrutura Demográfica, Autonomia Econômica e Igualdade no mundo do trabalho, Educação para a igualdade e cidadania e Mulheres no esporte.
Kamilla Dantas, responsável técnica pela elaboração do Painel de Indicadores do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero, explicou como foi redigido o capítulo Enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres e informou sobre as fontes que foram a base para as análises.
Daniela Peixoto Ramos, técnica do Observatório, apresentou os dados sobre o capítulo Mulheres em espaços de poder e decisão e mostrou os resultados apurados sobre a participação das mulheres nos cargos eletivos e de carreira do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário) e do setor privado e também nas centrais sindicais.
A próxima etapa é a avaliação por parte do GT de Monitoramento de Indicadores do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero da minuta do RASEAM, para críticas, sugestões e ajustes.
“O trabalho com o GT é permanente e a participação é fundamental para os demais produtos e serviços que serão disponibilizados pelo Observatório a partir do próximo ano para garantir o acesso à informação para diferentes públicos”, afirmou Camila Firmino.
No encerramento, Roberta Viegas reafirmou que o relatório a ser divulgado no próximo ano congrega dados e informações desde 2020 e reiterou a importância da gestão da informação para o conhecimento da realidade das mulheres brasileiras. “Durante governos anteriores, houve muita dispersão na coleta de dados, o que dificultou o envio por parte de alguns órgãos, mas isso não inviabilizou a retomada da produção do RASEAM que vem justamente para organizar esses dados e indicadores e permitir um diagnóstico mais claro sobre a realidade das mulheres do Brasil”.