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AGOSTO LILÁS
Plenária debate ações de enfrentamento à violência contra mulheres com deficiência
Foto: Ascom/MMulheres
Em busca de ampliar o diálogo e construir políticas públicas que auxiliem no enfrentamento à violência contra mulheres, o Ministério das Mulheres, em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, promoveu a plenária “Diálogos pela Inclusão: Mulheres com deficiência e 17 anos da Lei Maria da Penha”, na quarta-feira (30), em Brasília/DF. A plenária foi realizada no modelo híbrido e contou com a presença de mais de 260 inscritas.
A secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres, Denise Motta Dau, destacou a importância do espaço de diálogo para o reconhecimento das diferentes vivências, da multiplicidade de experiências e desafios diários enfrentados pelas mulheres com deficiência.
"Esse é o nosso objetivo com os ‘Diálogos pela Inclusão’: oportunizar uma escuta qualificada para termos mecanismos que atendam as mulheres de todo o Brasil”, destacou a secretária nacional do MMulheres.
A composição da mesa de abertura também contou com a presença da secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do MDHC, Anna Paula Feminella, que abordou a solidão das mulheres com deficiência, realidade aprofundada durante o período pandêmico, que impôs um isolamento ainda maior às mulheres que já vivem cerceadas em seus direitos em virtude da constituição física dos locais de atendimentos jurídicos, de segurança, de saúde e outros serviços psicossociais. A secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ do MDHC, Simmy Larrat, destacou a importância de ouvir mulheres com deficiência, compreendendo as interseccionalidades existentes no enfrentamento à violência de gênero.
No segundo momento, as falas e exposições foram de ativistas, representantes da sociedade civil, representantes de organismos internacionais e das participantes do evento que acompanhavam a transmissão das mais diversas partes do Brasil.
A ativista Maria da Penha, presente virtualmente, ressaltou a importância da lei na proteção das mulheres e parabenizou o empenho do governo federal na constituição de políticas em redes que assegurem o bem estar das mulheres em situação de vulnerabilidade.
“Quero parabenizar a parceria do Ministério das Mulheres e do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Há 40 anos estou numa cadeira de rodas, por decorrência de uma violência doméstica; lutei por 19 anos e minha coroa veio com uma lei, que carrega meu nome, com o objetivo de proteger as mulheres do Brasil", enfatizou a fundadora do Instituto Maria da Penha.
O debate acerca das singularidades existentes no enfrentamento à violência contra mulheres deficientes também teve contribuição de Florbela Fernandes, do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA); a participação virtual de Priscilla Selares, da Frente Nacional de Mulheres com Deficiência; Vitória Bernardes, cadeirante e ativista, representante do Conselho Nacional de Saúde; e da representante da ONU Mulheres, Ana Teresa Iamarino.
Agosto Lilás
Criada em referência à Lei Maria da Penha (Lei Federal nº 11.340/ 2006), que completa 17 anos este ano. A campanha “Agosto Lilás” objetiva ampliar o debate nas esferas do governo (federal, estadual e municipal) e de toda a sociedade acerca do enfrentamento à violência contra as mulheres e as suas mais diversas manifestações. Além disso, o momento é oportuno para pensar as políticas públicas e mecanismos sociais que possibilitem garantir o bem estar e a vida das mulheres.