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Nota sobre o assassinato de Mãe Bernadete na Bahia
É com profunda tristeza e consternação que recebemos, no Ministério das Mulheres, a notícia sobre o brutal assassinato de Maria Bernadete Pacífico, conhecida como Mãe Bernadete ou Berna, na noite desta quinta-feira, 17 de agosto.
Liderança da comunidade quilombola Pitanga dos Palmares, do município de Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador, onde também foi Secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Mãe Bernadete foi vítima de racismo religioso, racismo ambiental e de violência política de gênero, que atinge lideranças em espaços de poder e decisão.
É crucial que as autoridades apurem o caso com celeridade. Seu filho Binho também foi assassinado, há seis anos, e Mãe Bernadete lutava pelo esclarecimento do caso. Ambos eram dirigentes da Coordenação Nacional das Comunidades Negras Quilombolas (Conaq).
A equipe do Ministério, representada pela Ouvidoria e pela Secretaria de Enfrentamento à Violência contra Mulheres, está a caminho de Salvador e integrará a comitiva do governo federal formada pelos Ministérios da Igualdade Racial, da Justiça e Segurança Pública e dos Direitos Humanos e da Cidadania.
Toda nossa solidariedade à família e à comunidade neste momento de dor.