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Ministra das Mulheres discute com empresários o papel do setor privado no enfrentamento à violência de gênero
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, participou nesta terça-feira (28) de um café da manhã com executivas, executivos e CEOs, em São Paulo, para discutir o papel do setor privado no enfrentamento à violência de gênero. O evento anual da Coalizão Empresarial Pelo Fim da Violência Contra Mulheres reuniu líderes de companhias de diferentes setores e regiões do Brasil.
No evento, a ministra abordou a importância de um compromisso do setor privado no enfrentamento à violência contra mulheres. "É fundamental unirmos nossas forças para enfrentar a epidemia de violência contra as mulheres que existe no Brasil, principalmente a misoginia, que está na raiz do problema. Em parceria, vamos trabalhar para o fortalecimento de políticas públicas que garantam o direito de toda mulher a uma vida diga, sem violência", ressaltou a ministra.
Cida Gonçalves destacou o pacote de ações voltadas para o mundo do trabalho anunciado no 8 de Março, Dia Internacional das Mulheres, em evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. As políticas tratam da igualdade salarial entre homens e mulheres; ratificação da Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para Eliminação da Violência e Assédio no Mundo do Trabalho; ratificação da Convenção 156 - referente à igualdade de direitos das pessoas com encargos familiares; reinserção no mercado de trabalho de mulheres em situação de vulnerabilidade social decorrente da violência doméstica e familiar; e do início da elaboração de uma Política Nacional de Cuidados. "Foram mais de 950 milhões de reais do orçamento público apenas em 2023 destinados às ações, envolvendo mais de 20 ministérios, os principais bancos estatais e demais órgãos públicos", pontuou a ministra.
Outro assunto urgente abordado por Cida Gonçalves foi a ausência de mulheres em posições de liderança - mesmo elas sendo maioria nas universidades. "O dado fica ainda mais grave quando falamos de mulheres negras. Precisamos nos questionar por que as mulheres não são promovidas. Por que e por quem elas não são escolhidas. Todos os esforços precisam ser feitos e as condições criadas para que essa desigualdade seja reduzida e haja mais mulheres em posições de tomada de decisão, em todas as áreas", destacou a ministra das Mulheres, complementando que o poder público precisa do apoio e comprometimento de todos as empresárias e empresários, executivas e executivos que podem vir a ser "lideranças inspiradoras e transformadoras, fazendo a diferença para a construção de um mundo mais diverso e menos desigual".
Sobre a Coalizão
As empresas e marcas que aderem à Coalizão Empresarial Pelo Fim da Violência Contra Mulheres assumem um compromisso voluntário com a segurança de mulheres e meninas. Entre as ações previstas pela aliança, estão a adesão aos Princípios de Empoderamento das Mulheres; engajamento pessoal da liderança das companhias para a realização de ações, atividades de formação e capacitação para o enfrentamento de diversas formas de violência contra a população feminina; desenvolvimento e implementação de políticas e procedimentos internos contra assédio sexual nas empresas para um ambiente de trabalho seguro para colaboradoras; promoção de campanhas de comunicação e conscientização sobre o tema; e compartilhamento de resultados.