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MARCHA DOS PREFEITOS
Cida Gonçalves defende políticas de enfrentamento à misoginia nas cidades brasileiras
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, participou nesta terça-feira (28/03) do encontro “Mulheres na Política”, realizado pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) em parceria com o Instituto Alziras durante a 24ª edição da Marcha dos Prefeitos, em Brasília. A reunião, que teve como objetivo debater os problemas relativos à pobreza nos municípios, violência política de gênero e a participação de mulheres na política, contou com a participação de 9 ministras de Estado, 21 prefeitas, além de parlamentares integrantes da bancada da FNP no Congresso Nacional.
Em seu discurso, Cida Gonçalves antecipou que iniciará uma marcha pelo Brasil para cobrar e alertar sobre a necessidade de políticas públicas que integrem Governo Federal, estados e municípios no enfrentamento à misoginia. “Nós precisamos de uma marcha para dizer que ninguém vai nos invisibilizar, ninguém vai nos calar e ninguém vai nos matar. (...) Nós queremos estar em todos os lugares e queremos ficar nesses lugares. É esse o debate que eu quero fazer", destacou.
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Para a ministra, a misoginia está na raiz da violência política de gênero, das diversas formas de violência sexual, dos altos índices de feminicídio, bem como da manutenção das mulheres em condição desigual de acesso econômico, político e cultural. “Conscientizar e trabalhar pela dignidade das mulheres é algo que fiz a vida toda e não deixarei de fazê-lo como ministra. O ‘Março das Mulheres’ está acabando, mas nosso trabalho vai continuar e conto com a Frente Nacional de Prefeitos nesta batalha”, destacou, convidando as prefeitas e parlamentares a se unirem ao movimento.
Transversalidade
Cida Gonçalves também ressaltou o pacote de medidas anunciado pelo Governo Federal no Dia Internacional das Mulheres em cerimônia no Palácio do Planalto, como a igualdade salarial, entre outras ações que terão um aporte de mais de R$ 950 milhões. “O Governo Federal precisa da adesão das prefeituras para garantir os direitos das mulheres. Venham a Brasília para a gente negociar”, concluiu.