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Crédito instalação
Mulheres quilombolas receberão R$ 1,46 milhão para atividades produtivas
O Incra anunciou nesta quarta-feira (8), a liberação de R$ 1,46 milhão a 292 mulheres do território quilombola Kalunga, localizado nos municípios goianos de Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre de Goiás. Os recursos serão garantidos por meio da modalidade Fomento Mulher, do Crédito Instalação.
Cada beneficiária receberá R$ 5 mil a fim de investir em projetos produtivos sob sua responsabilidade. Um evento na sede da Associação Quilombo Kalunga, em 16 de março, vai marcar a assinatura dos contratos.
Na ocasião, também haverá a entrega de cartões bancários de acesso às quantias referentes a essa e outras modalidades do Crédito Instalação. Eles são emitidos pelo Banco do Brasil, em nome das mulheres.
Segundo o presidente do Incra, César Aldrighi, a ação tem dupla simbologia. "A oportunidade de anunciar a liberação desses créditos no dia 8 de março demonstra nosso compromisso com as mulheres do campo e aponta para o esforço que o Incra está fazendo no sentido de retomar as políticas voltadas às comunidades quilombolas", ressalta.
Aldrighi já se reuniu com representantes da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq) e definiu o restabelecimento das Mesas de Diálogo com as comunidades quilombolas, tanto em nível nacional quanto nos estados.
Crédito
O olhar diferenciado em relação ao público feminino da reforma agrária foi estabelecido efetivamente em 2007, a partir da criação da modalidade Apoio Mulher do Crédito Instalação, que existia desde 1985.
“Naquele momento, o Incra reconheceu, de fato, a importância do trabalho delas nas atividades agrícolas e geração da renda familiar”, afirma o chefe da Divisão de Concessão dos Créditos de Instalação do Incra, José Cláudio Cardoso Leite.
A possibilidade alicerçou os caminhos que levam à construção da autonomia das mulheres no campo. “Com mais recursos e oportunidades, elas contribuem para o desenvolvimento rural e sustentável, garantindo uma agricultura inclusiva, justa e produtiva”, diz.
Fonte: Ascom/Incra