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20/11 - Publicação sobre histórias de mulheres celebra o Dia da Consciência Negra
Livro lançado pela Secretaria de Política para as Mulheres e pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial fortalece a reflexão sobre a desigualdade vivida no Brasil
“Os termos negra e preta não eram cogitados como formas de identificação devido aos estigmas negativos que carregavam e recebiam na sociedade jaubense (Janaúba/MG). Eram comumente usados como xingamentos”. O relato pertence a Claudia Marques de Oliveira, mestre em educação pela UFMG, e integra o livro 'Mulheres negras contam sua história'. A publicação é uma iniciativa da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR) e tem por objetivo fortalecer a reflexão sobre a desigualdade vivida no Brasil, além de marcar o Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado nesta quarta-feira (20/11).
O livro revela trajetórias de lideranças e mulheres – até então anônimas – para vencerem o preconceito carregado desde criança. A publicação foi lançada em 6 de novembro, durante a III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial. O 20 de novembro foi escolhido para Dia Nacional da Consciência Negra por marcar a ocasião da morte em combate de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, em 1695.
A publicação é composta por 14 textos selecionados pela SPM, em parceria com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), e é resultado do prêmio ‘Mulheres negras contam sua História’, lançado em novembro de 2012. Cinco redações e cinco ensaios foram premiados e quatro receberam menção honrosa, dois em cada categoria.
Entre elas, está a de Eliana A. S. Pintor, vencedora na categoria ‘Redação’ com o trabalho “O direito ao narcisismo”, que descobriu as diferenças ainda na infância. “Quando menina minha mãe aconselhava-me a apertar o nariz com o objetivo de afiná-lo – o que já aprendera com minha avó. O meu cabelo crespo foi mantido muito curto para ficar com aparência de liso. Os meus lábios também eram considerados grossos”, conta a psicóloga. Hoje os padrões de beleza já incluem as características da raça, mas ainda há um longo caminho para acabar com a discriminação implícita em atitudes cotidianas.
A ideia da premiação é estimular a inclusão social das mulheres negras por meio do fortalecimento da reflexão acerca das desigualdades vividas por elas em seu cotidiano, no trabalho, nas relações familiares e de violência e na superação do racismo. A primeira edição do prêmio recebeu 521 inscrições, sendo 421 redações e 100 ensaios. As cinco autoras das redações premiadas receberam R$ 5 mil cada e a categoria de ensaio recebeu R$ 10 mil cada.
Secretaria de Políticas para as
Mulheres
– SPM
Presidência da República – PR
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