SAÚDE - Alertas aos visitantes
Além das precauções de segurança, recomenda-se aos viajantes especial cuidado em relação às condições sanitárias e às doenças endêmicas no país.
COVID-19
Em razão da baixíssima testagem no Burkina Faso, os número reais a respeito da pandemia de COVID-19 são desconhecidos. Apesar disso, sabe-se que o país já experimentou três ondas de infecção pelo vírus, tendo sido a mais recente entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022. Até 28/02/2022, o país havia registrado, oficial, 20.778 casos de COVID-19 desde o início da pandemia, em março de 2020, e 377 óbitos.
Todos os novos casos de COVID-19 identificados no país têm sido identificados como decorrentes de transmissão comunitária. Além disso, está confirmada a circulação da variante Ômicron no país.
A vacinação segue a passos lentos e, segundo dados do Serviço de Informação do Governo (SIG), ao fim de fevereiro de 2022, haviam sido administradas 2.185.849 doses de vacinas contra a COVID-19 no país, tendo aproxidamente 10% da população recebido uma dose de imunizante contra a COVID-19. A população considerada completamente imunizada (aquela que recebeu ao menos uma dose da vacina da Janssen, ou duas doses dos demais imunizantes), contudo, é de apenas 5,4%.
Rede de saúde
Os hospitais públicos do país enfrentam precárias condições. Há muitas clínicas particulares, porém as condições sanitárias são limitadas e é comum que esses estabelecimentos não disponham de equipamentos suficientes, ou de aparelhos médicos de tecnologia avançada. O país dispõe de certa estrutura médico-hospitalar na capital e, em menor grau, em Bobo Diulassso e Koudougou, as três principais cidades. Fora desses centros urbanos, os serviços são extremamente precários ou inexistentes. Em Uagadugu, há importante rede de farmácias (com farmacêutico profissional) e algumas clínicas e hospitais.
Farmácias e medicamentos
Farmácias estão por toda parte e pode-se achar facilmente uma de plantão, contudo, alguns medicamentos disponíveis no Brasil podem não ser encontrados no país. Recomenda-se que cidadãos brasileiros levem quantia suficiente de medicamentos para viagens ao país, portando, sempre, a receita médica em inglês desses remédios.
Endemias em geral
Além de malária, é comum, no país, a incidência de dengue, tifo, tuberculose, hepatite e meningite. Especial cuidado deve ser tomado para se evitar ser picado por mosquitos que podem transmitir a malária. Certos cuidados com a vestimenta e o uso de cremes protetores são recomendados.
Intoxicação alimentar
Recomenda-se beber água engarrafada, não pedir gelo e ter cuidado com alimentos e refeições em locais de condição higiênica duvidosa. Prefira hotéis e restaurantes mais bem estruturados da capital. Os alimentos devem ser cozidos com cuidado adicional, sendo numerosos os casos de infecção alimentar ou disenteria.
Malária
A malária é endêmica em todo o país. Tomar medicamento de maneira preventiva é uma decisão que deve ser examinada cuidadosamente, e, de preferência, discutida com um médico especialista em doenças tropicais. Há que se tomar em conta os efeitos colaterais e as condições gerais de saúde de cada pessoa. Todo cuidado é recomendado com relação aos sintomas: diante de qualquer sinal de febre, é aconselhável fazer o exame de sangue em clínica idônea e o resultado indicará se a pessoa é portadora da malária. Nesse caso, o médico local saberá indicar o tipo de medicamento a se tomar. É desaconselhável a automedicação.
Problema grave - e que infelizmente já causou mortes - é o do viajante que sai da África e apresenta o quadro febril, normalmente confundido com uma simples gripe ou infecção. Nesse caso, todo cuidado é pouco, pois a inexperiência com a malária dos médicos fora da África pode levar a um diagnóstico errado e ao consequente óbito. Nesse caso, a prudência recomenda que em consulta com médico em país africano, antes da partida, seja averiguada a melhor medicação para o viajante portar consigo. No caso da malária o tratamento tempestivo é crucial. Ao menor sinal de sintomas de málaria até 30 dias após sair do Burkina Faso, é importante buscar um médico e informar que foi realizada viagem ao continente africano, mesmo que não haja lembrança de picada de mosquito.
A decisão de tratamento preventivo com medicamentos disponíveis pode ser tomada com a assistência de médicos locais, em função do quadro clínico e preferências e indicações de cada indivíduo. O recurso ao médico no Brasil e no país de origem é indispensável para uma decisão ajuizada.
Recomenda-se consulta com o "médico do viajante" (médico infectologista, em geral), antes de viagens ao Burkina Faso.
Raiva
Casos de raiva foram reportados no país, sobretudo nas áreas rurais ou remotas, onde há mais exposições a animais como morcegos e outros mamíferos. Mesmo nas áreas urbanas, todavia, cães podem transmitir a doença e quaisquer mordidas ou arranhões devem ser imediatamente lavados com sabão e água e atendimento médico deverá ser procurado com a máxima urgência. Recomenda-se que cidadãos brasileiros vacinem-se contra raiva antes de sua viagem.
Esquistossomose
Lagos e rios do país são áreas de risco de esquistossomose, infecção parasitária (também conhecida como bilharzia) transmitida aos seres humanos através do contato com parasitas existentes na água. Evite nadar em áreas onde há lama ou lodo no fundo do lago.
Contatos importantes
O principal hospital da capital que conta com recursos modernos é o Blaise Compaoré, uma doação do governo de Taiwan. As principais clínicas são: C.M.I - Centre Médical International, Clinique du Coeur e Clinique Dentaire Adra.
Fonte: <http://www.portalconsular.itamaraty.gov.br/seu-destino/burkina-faso#saude>