A cooperação Brasil-Austrália em ciência, tecnologia e inovação
A cooperação Brasil-Austrália em ciência, tecnologia e inovação representa importante instrumento para o aprofundamento da relação bilateral e para o próprio desenvolvimento dos dois países. Como os dois maiores produtores de ciência do Hemisfério Sul, Brasil e Austrália enfrentam desafios comuns em diversas áreas, como saúde, agricultura, energia e sustentabilidade. Por meio da cooperação científica e tecnológica, é possível combinar esforços em áreas de excelência dos dois países e melhor preparar seus sistemas produtivos e tecnológicos para as necessárias adaptações em contexto de combate à mudança do clima. Também na área social, os avanços de parte a parte, como na pesquisa sobre enfermidades e produção de vacinas, indicam um caminho de colaboração com benefícios mútuos.
A Austrália vem buscando posicionar-se como potência tecnológica global. Para tanto, o governo realiza grandes investimentos em educação, pesquisa e comercialização de sua produção científica, o que permitiu ao país alcançar o 23º lugar do Índice Global de Inovação da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (o Brasil ocupa o 50º lugar) em 2024.
Os governos brasileiro e australiano têm trabalhado para lançar as bases para uma relação sólida na área de ciência, tecnologia e inovação. A promulgação do Acordo Bilateral de Cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação em setembro de 2021, a realização da primeira reunião de seu Comitê Conjunto em dezembro de 2022 e a assinatura do Memorando de Entendimento (MoU) entre o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP) e Australian Department of Education (DoE) revelam o empenho dos governos em aprofundar a cooperação bilateral nessa área para o benefício de nossas sociedades.
Em constante diálogo com os atores relevantes do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI), a Embaixada do Brasil em Camberra vem buscando divulgar o perfil elevado do Brasil como produtor de ciência junto ao governo, setor privado e academia australianos; fortalecer o diálogo com a diáspora científica brasileira e identificar novos temas para a cooperação bilateral.