Jogadores de futebol
Jogadores de Futebol no Iraque
Times iraquianos de futebol com os quais jogadores brasileiros tiveram problema:
Al Karkh Sport Club, de Bagdá
Al Mina'a Sport Club, de Basra
Air Force Athletic Club, de Bagdá
Al-Diwaniya Sport Club, de Al Diwaniyah
Naft Alwassat Sport Club, de Najaf
Aos jogadores de futebol brasileiros que desejem jogar no Iraque recomendam-se as seguintes providências antes da partida do Brasil:
- negociar apenas com agentes da FIFA, os únicos capazes de acionar os clubes em caso de inadimplência;
- assinar contrato com o clube em que irão jogar;
- exigir a primeira parte do pagamento do contrato;
- obter passagem de ida e volta;
- obter visto de trabalho junto à Embaixada do Iraque em Brasília.
As medidas acima são indispensáveis para a segurança física e jurídica dos jogadores e devem ser rigorosamente observadas.
Crescente número de jogadores brasileiros de futebol tem procurado a Embaixada do Brasil no Iraque para relatar situações preocupantes em sua relação com clubes locais, especialmente aqueles localizados fora de Bagdá, particularmente em Najaf e Karbala. Entre as principais reclamações registradas, estão o atraso ou não pagamento dos salários, o confisco ilegal do passaporte brasileiro e situações de riscos à saúde e às condições de vida dos nacionais.
Segundo relatos recebidos, muitas das situações começam com o contato de agentes que atraem os jogadores com propostas vantajosas de emprego, e os levam para clubes menores, com recursos limitados, nos quais o salário é geralmente inferior e as condições profissionais bem aquém daquelas prometidas. Posteriormente, ocorre a assinatura de contratos desvantajosos para o jogador, sempre em língua árabe, traduzidos de maneira imprecisa.
De acordo com a orientação dos agentes, a quase totalidade dos futebolistas chega ao Iraque com visto de turista, acreditando no compromisso do clube de que irá obter em seguida visto de trabalho. A promessa raramente se concretiza, e o empregador permanece de posse do passaporte do jogador, para que não possa deixar o país. Alternativamente, o clube oferece carta relatando a relação profissional como atleta, de forma que ele possa circular pelo território iraquiano. Tal documento, entretanto, não tem validade legal.
Ainda segundo relatos, os salários atrasam, levando os jogadores a situações constrangedoras. Caso protestem, são ameaçados de despejo, visto que o contratante geralmente arca com as despesas de hotel e alimentação. Além disso, como o empregador retém o passaporte, os atletas são impedidos de deixar o país e acusados de tentativa de rompimento unilateral de contrato, o que pode ser reportado à FIFA e resultará na proibição de que os futebolistas firmem acordo com novo clube.
De forma a evitar novas ocorrências do problema, a Embaixada do Brasil em Bagdá sugere a todos os profissionais que desejem atuar em clubes locais que pesquisem, na internet ou junto a outros jogadores que já estiveram no país, as reais condições a que serão submetidos. Destaca-se, ainda, a necessidade de que o jogador não saia do território nacional sem o contrato assinado, após consulta a advogado, e, principalmente, que não parta do Brasil sem o visto apropriado, que deverá ser obtido na Embaixada do Iraque em Brasília.