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O custo básico fica em torno de ¥140.000 (cerca de 1.000 USD), que cobrem:
a) | Custos com a agência funerária (documentação e transporte), aproximadamente ¥90.000; |
b) | Cremação: aproximadamente ¥5.000 se for na mesma cidade de residência e aproximadamente ¥50.000 se a cremação for realizada em outra cidade ou região. Os governos locais possuem e mantêm a maioria dos crematórios; |
c) | Gelo seco para conservação do corpo, aproximadamente ¥15.000 por dia. A cremação dependerá de disponibilidade de vagas, em geral de 1 a 3 dias. |
Os crematórios não realizam cremações nos dias designados como 友引(tomobiki)no calendário lunissolar. Segundo superstição do 六曜 (rokuyou), os kanjis que compõem a palavra 友引 têm o sentido de “puxar amigos” (友tomo=amigo; 引hiki=puxar), ou seja, a cremação nessas datas poderiam ocasionar a morte de outras pessoas próximas.
A funerária retira o corpo do falecido e o prepara-o para o funeral, vestindo-o adequadamente e colocando-o em um caixão de madeira próprio para cremação.
É o momento em que o(a) falecido(a) recebe a visita de amigos(as) e parentes, que prestam suas condolências. Incensos são queimados e os(as) amigos(as) despedem-se do(a) falecido(a).
No Japão, é comum vestir-se de preto para ir a velórios. Os homens usam ternos, sapatos e gravata preta com camisa branca. Mulheres costumam optar por vestidos pretos discretos, com mangas, sapatos e bolsa pretas. Usa-se no máximo um colar simples de pérolas e brincos pequenos (solitários) de pérola. É frequente optarem também por usar a vestimenta tradicional mofuku, quimono formal de seda lisa preta, com obi (faixa larga) preta. Estudantes vão com o uniforme da escola.
O costume é deixar presente em dinheiro (kooden), entregue à família em envelopes especiais impressos em tons sóbrios e decorados com fitas rígidas pretas e brancas. Esses envelopes são encontrados em papelarias e lojas de conveniência, e os valores doados variam de acordo com o grau de relacionamento que se tinha com a pessoa que faleceu. No envelope deve constar o nome da pessoa que está fazendo a doação, para que a família depois providencie agradecimentos.
O kooden é uma doação que as pessoas fazem para ajudar a família com as altas despesas de um funeral. Evitam-se somas com o número 4 ou quatro cédulas de dinheiro (o número 4 em japonês tem o mesmo som da palavra “morte”).
Neste momento, a família agradece aos(às) presentes e despede-se do corpo, que é trasladado até o crematório.
Quando o ritual termina, as janelas da parte superior do caixão são abertas para a despedida final – nesta ocasião é comum oferecer flores e arrumá-las dentro do caixão com o corpo. Em seguida, o caixão é levado a um crematório acompanhado pela família e amigos(as).
A cremação é obrigatória na maior parte do Japão. Após a morte, devem se passar 24 horas antes que a cremação possa ocorrer, a menos que a causa da morte seja por infecção transmissível.
Os(As) parentes(as) (inclusive crianças) dirigem-se à sala onde ocorre a cremação. Nesse momento, os(as) demais convidados(as) não devem estar presentes. O caixão é colocado na mesa do crematório e os(as) familiares o empurram para dentro da câmara.
O acionamento da fornalha é feito por um membro da família, ou pode, a pedido da família, ser feito por um(a) funcionário(a) do crematório. Enquanto a cremação é processada, o que leva de 2 a 4 horas, a família e demais convidados(as) reúnem-se para um lanche ou refeição, providenciados pela família.
Após a cremação, a família reúne-se em torno de uma grande bandeja de metal com cinzas e partes de ossos do falecido ainda quentes. Usando um par especial de hashi, (palitos de madeira – neste caso, um é de bambu e outro de salgueiro, representando a ponte que faz a passagem da pessoa de um mundo para outro), os(as) familiares procuram um certo osso do pescoço que aparenta ter a imagem de um Buda sentado. Em seguida, todos(as) os(as) familiares, um por um – incluindo as crianças – pegam estes hashi fúnebres e transferem partes dos ossos para um vaso. É comum, nessa ocasião, que as pessoas peguem punhados das cinzas e ossos, que posteriormente são depositadas em pequenos vasos e deixadas no oratório doméstico para que parte do ente querido permaneça com eles. A maior parte dos ossos e cinzas é colocada no vaso/urna cinerária, posteriormente envolvida por uma caixa de papel branco ou bege e entregue à família.
As cinzas permanecem durante 49 dias na casa da família. Geralmente, a urna fica junto a uma tabuleta de madeira que possui o nome póstumo do(a) falecido(a). Essa nova denominação evita que a pessoa volte do mundo dos mortos quando seu nome for pronunciado.
As cinzas, que contêm fragmentos de ossos (okutsu), podem ser pulverizadas em um pó fino por um custo adicional.
Após a cremação, a família recebe a urna com as cinzas da pessoa falecida. Por fim, ocorre o enterro das cinzas, chamado na cultura japonesa de nookotsu. Nesse momento, os(as) familiares pegam a urna e a colocam no túmulo da família.