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Exposição virtual: "Elas no Itamaraty: Artistas Mulheres no Acervo do Ministério das Relações Exteriores"
Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o Itamaraty ressalta a contribuição de artistas mulheres para seu acervo artístico e histórico, importante ferramenta nas atividades de representação do Brasil no exterior e de divulgação da cultura brasileira.
Na sexta-feira, 8 de março, o MRE lançará, em sua conta no Flickr, a exposição virtual “Elas no Itamaraty: Artistas Mulheres no Acervo do Ministério das Relações Exteriores”. Não perca! Confira aqui.
Com seleção de fotos de obras de artistas mulheres no acervo do Itamaraty em Brasília, a exposição pretende ampliar a visibilidade de algumas das principais obras presentes na coleção, celebrar a contribuição de artistas mulheres, enfatizar a importância do acervo como instrumento para as atividades de representação diplomática e de divulgação da cultura brasileira, além de incentivar a diversificação, cada vez maior, do acervo sob guarda do Itamaraty.
Considerando a importância da valorização, promoção, difusão e preservação do patrimônio cultural nacional, o MRE tem buscado, ao longo do último ano, enfatizar e promover a diversidade cultural, regional, étnica, racial e de gênero brasileira em sua coleção.
Ao celebrar o Dia Internacional da Mulher e o aporte de artistas mulheres para a representação do Brasil no mundo, o Itamaraty reafirma a prioridade conferida à promoção da igualdade de gênero.
Entre as artistas representadas estarão Maria Martins (1894-1973) e Marianne Peretti (1927-2022), cujas esculturas se destacam no terceiro andar do Palácio Itamaraty. Nas fotos, “A Mulher e Sua Sombra” (1946), de Martins, e "Pássaro" (Atribuído, 2018), de Peretti, doada ao MRE em 2023.
Entre as pinturas da coleção, destaca-se “Cena de Rua” (1964), da pintora, desenhista, cartazista e gravadora paulista Djanira (1914-1979), exposta no gabinete da Secretária-Geral do MRE, Embaixadora Maria Laura da Rocha, a primeira mulher a ocupar esse cargo. A pintora, gravadora e escultora nipo-brasileira Tomie Ohtake (1913-2015) é outra presença importante no Itamaraty. Na foto, obra abstrata instalada na Sala Duas Épocas, do Palácio Itamaraty.
O Itamaraty tem o privilégio de contar com obras de grandes expoentes da gravura brasileira, como Edith Behring (1916-1996) e Fayga Ostrower (1920-2001). Em destaque estão “Flora Tropical”, da gravadora, pintora, desenhista e professora carioca Edith Behring, e “7415”, da gravadora, pintora, desenhista, ilustradora, ceramista, escritora, teórica da arte e professora de origem polonesa, naturalizada brasileira, Fayga Ostrower.
As tapeçarias também são obras marcantes no Palácio Itamaraty, e muitas delas têm um mesmo sobrenome: o das artistas Madeleine e Concessa Colaço (1929), mãe e filha. Nas fotos, tapeçaria (1967) de autoria da artista plástica e tapeceira Madeleine Colaço (1907-2001), inspirada no planisfério de Marini (1512), o primeiro mapa a usar o nome Brasil para designar o território nacional. A tapeçaria e o mapa original são parte do patrimônio artístico, histórico e de representação do Itamaraty, e estão, respectivamente, em Brasília e no Rio de Janeiro. A segunda foto mostra “Sou bonito demais”, de Concessa. Ambas peças são feitas de lã em ponto brasileiro (ou ponto samba), técnica criada por Madeleine.
Quer saber mais? Em 2022, a pesquisadora Fernanda Lopes falou sobre as obras da mineira Maria Martins no Palácio Itamaraty (Confira aqui!).
Em 2018, a TV Câmara e FUNDARPE produziram o documentário “Uma Mulher e uma Cidade", sobre a obra de Marianne Peretti, filha de mãe francesa e pai pernambucano (Confira aqui).