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Discurso no encontro com o Presidente do Peru, Alberto Fujimori - Brasília. 13 de agosto de 1998
Boa-noite! Eu quero, em primeiro lugar, agradecer a presença da imprensa, da mídia em geral, aqui, até esta hora, e dizer da satisfação que o Brasil sente de receber, mais uma vez, o Presidente Fujimori. Esta satisfação, hoje, está aumentada, porque, depois desta tarde de negociações, foi possível prevalecer o ponto de vista que tinha sido apresentado pelos quatro países, que são os países garantes do acordo entre o Equador e o Peru, cuja proposta foi feita pela Momep, que é o grupo de observadores brasileiros que estão na região - observadores militares. Eu quero agradecer, também, ao General Plínio, que comanda a Momep. E os observadores dos quatro países garantes propuseram que houvesse uma separação entre as tropas do Equador e do Peru, em uma zona em que havia uma certa possibilidade de choque, de litígio. Esse impedimento, finalmente, foi aceito pelo Equador e pelo Peru, e nós estabelecemos uma zona de controle provisório e excepcional, que não só vai permitir que as tropas se afastem, como que haja uma inspeção, resença militar. Tão importante quanto isso é a disposição que o Presidente Fujimori mantém, e com muito entusiasmo, e da mesma forma a do novo Presidente do Equador, Mahuad, de, brevemente, voltarem às negociações, para finalizar o entendimento que porá um ponto final a esse litígio entre o Equador e o Peru. Eu estou certo - e eu creio que posso falar em nome dos países garantes, ou seja, da Argentina, do Chile, dos Estados Unidos e do Brasil - de que esse avanço vai ser concretizado brevemente. Eu não quero precisar a data, mas o que nós conseguimos hoje, que foi evitar que houvesse um choque, evitar o último obstáculo mais sério, na negociação final, mostra que há, realmente, uma disposição das partes. Eu quero, portanto, mais uma vez, agradecer ao Presidente Fujimori. E eu comunicarei, também, ao Presidente Mahuad, ainda nesta noite, o resultado das nossas conversas aqui. Estamos todos muito felizes, por termos podido contribuir com mais esse avanço na negociação de paz.