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NOTA À IMPRENSA Nº 109
Reabertura do mercado chinês à carne bovina brasileira
O governo brasileiro recebeu com satisfação a notícia da reabertura do mercado da China para a carne bovina brasileira. O Brasil havia suspendido as exportações do produto para a China em 23 de fevereiro, em razão da ocorrência de caso isolado da forma atípica de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) no Brasil, conforme previsto no protocolo sanitário bilateral assinado em 2015.
Diferentemente da forma clássica da enfermidade - conhecida como "mal da vaca louca" -, a forma atípica é de ocorrência natural no rebanho bovino, e não representa risco à saúde pública, conforme diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Em 2 de março, teste no laboratório de referência da OMSA já havia comprovado tratar-se de EEB atípica.
A reabertura do mercado chinês deu-se após intensas gestões diplomáticas, seguidas da visita do Ministro da Agricultura e Pecuária à China.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio de sua rede de embaixadas, vem atuando desde o anúncio do caso de EEB para evitar fechamentos indevidos de mercados. Por meio de monitoramento ativo, o MRE detectou riscos de fechamento em 15 países. Em quatro casos foi possível evitar o fechamento do mercado e em outros 5, contando a China, os mercados foram momentaneamente fechados, mas já reabertos. Os esforços continuam com vistas à reabertura dos 6 mercados remanescentes – Bahrein, Cazaquistão, Catar, Irã, Rússia e Tailândia.
A China é o maior comprador de carne bovina do Brasil. Em 2022, as exportações do produto do Brasil para a China somaram cerca de 7,5 bilhões de dólares, o equivalente a 1,1 milhão de toneladas de carne bovina.