Presidência brasileira do G20

O Brasil assume hoje, 1º de dezembro, a presidência do G20, grupo formado pelas maiores economias do mundo, além da União Africana e da União Europeia. Ao longo do próximo ano, o Brasil irá sediar mais de uma centena de reuniões oficiais - incluindo mais de 20 encontros ministeriais – a serem realizadas em cerca de 15 cidades em todo o território nacional. A programação da presidência do G20 irá culminar na Cúpula de Líderes no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro de 2024.

O G20 conta com a trilha sherpa, que tem múltiplas dimensões, inclui diversos ministérios e compreenderá 15 grupos de trabalho, e a trilha de finanças, mais focada em temas específicos sob responsabilidade do Ministério da Fazenda e do Banco Central, que conta atualmente com oito mecanismos de trabalho. Por proposta do Brasil, a presidência brasileira do G20 também contará com duas forças tarefas e uma iniciativa: a Força Tarefa para o Lançamento de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, a Força Tarefa para a Mobilização Global contra a Mudança do Clima e a Iniciativa para Bioeconomia. A presidência brasileira buscará aproximar o trabalho das trilhas sherpa e de finanças e as duas forças tarefas terão participação de representantes de ambas as trilhas.

Tendo como preocupação central o imperativo da redução das desigualdades nos seus mais diversos aspectos, a presidência brasileira do G20 terá como prioridades a inclusão social e o combate à fome e à pobreza; a promoção do desenvolvimento sustentável em suas dimensões econômica, social e ambiental e transições energéticas; e a reforma das instituições de governança global, incluindo as Nações Unidas e os bancos multilaterais de desenvolvimento. A presidência brasileira tenciona organizar um G20 inclusivo, com participação da sociedade civil e a realização de G20 Social, ancorado na construção de consensos e voltado para a obtenção de resultados concretos e soluções que beneficiem todos os povos.

Historicamente, as presidências do G20 convidam países não-membros do agrupamento e organizações internacionais para participar das reuniões do seu calendário de eventos. A presidência brasileira convidou Angola, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega, Portugal e Singapura. Outros países deverão ser convidados para participar da Cúpula de Líderes e de instâncias específicas do grupo nas quais possam dar contribuição particular.

Adicionalmente, a presidência brasileira convidou as seguintes organizações internacionais: Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Mundial (BIRD), Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), Corporação Andina de Fomento (CAF), Fundo Monetário Internacional (FMI), Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Organização das Nações Unidas (ONU), Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (UNESCO), Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Organização Internacional do Trabalho (OIT), Organização Mundial de Saúde (OMS) e Organização Mundial do Comércio (OMC). Outras organizações deverão ser convidadas para participar exclusivamente da trilha de finanças ou de grupos de trabalho específicos.