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Nota à Imprensa nº 14/2020
75 anos da liberação do campo de concentração nazista em Auschwitz-Birkenau – 27 de janeiro de 2020
O Governo brasileiro saúda o povo judeu e o Estado de Israel por ocasião dos 75 anos da liberação do campo de concentração nazista em Auschwitz-Birkenau. O dia 27 de janeiro, Dia Internacional de Memória do Holocausto, é momento em que rememoramos uma das páginas mais hediondas da história e, ao mesmo tempo, celebramos a esperança da libertação.
Nossa vinculação ao povo judeu tem raízes históricas. A comunidade judaica no Brasil, ao longo dos séculos, deu e continua dando inestimável contribuição à formação da nacionalidade e da identidade brasileira. No Século XX, o Brasil contribuiu para o esforço de guerra contra as potências do Eixo, por meio da atuação da Força Expedicionária Brasileira, a força militar latino-americana mais significativa a se juntar aos Aliados. Membros do nosso Serviço Exterior, como Luiz Martins de Souza Dantas e Aracy de Carvalho Guimarães Rosa, reconhecidos como "Justos entre as Nações”, auxiliaram milhares de judeus a escapar do jugo nazifascista. Seus exemplos continuam a inspirar a atuação brasileira no plano internacional.
Terminada a Segunda Guerra Mundial, a diplomacia brasileira teve participação decisiva na criação do moderno Estado judeu, por meio da atuação de Oswaldo Aranha, que presidiu a sessão das Nações Unidas durante a qual foi decidida a criação do Estado de Israel.
O Governo do Presidente Jair Bolsonaro reconectou o Brasil com essa longa tradição de amizade e ação concreta, desejada pelo povo brasileiro, mas da qual outras administrações nos haviam distanciado. O Brasil iniciou e está implementando processo de profunda e produtiva reaproximação com o Estado de Israel. Ao mesmo tempo, passou a atuar, nos organismos internacionais, no sentido de evitar o tratamento discriminatório que muitas vezes ainda é imposto a Israel nesses foros.
O Brasil também procura reencontrar-se, hoje, com os valores mais profundos da civilização e cultura judaico-cristã, cujo desprezo e abandono estiveram na raiz do surgimento do regime nazista e da tragédia do holocausto.
Hoje, o Brasil, que conta mais de 100 mil cidadãos judeus, permanece mais do que nunca vigilante para que o flagelo do anti-semitismo e de qualquer ideologia desumanizante jamais prospere. A memória dos 75 anos da libertação de Auschwitz nos chama a redobrar nossos esforços em favor da dignidade humana e da liberdade, únicos alicerces duradouros da paz.