Dário Moreira de Castro Alves
Dário Moreira de Castro Alves nasceu em Fortaleza no dia 14 de dezembro de 1927, tendo frequentado o curso de preparação à carreira de diplomata do Instituto Rio Branco (IRBr) a partir de 1949, sendo nomeado cônsul de terceira classe em outubro de 1951. Nesse ínterim, em 1950, formou-se em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Na Secretaria de Estado das Relações Exteriores (SERE), então funcionando no palácio Itamaraty do Rio de Janeiro, exerceu as funções de auxiliar do secretário-geral (1952 a 1953) embaixador Vasco Leitão da Cunha e oficial-de-gabinete do ministro das Relações Exteriores, embaixador Raul Fernandes (1954). Promovido a segundo-secretário em janeiro de 1954, foi auxiliar do chefe do Departamento Econômico e Consular de 1954 a 1955. Nesse último ano foi removido para a Argentina, onde serviu como segundo-secretário na embaixada em Buenos Aires até 1958. Em seguida, foi removido para a Missão junto à ONU em Nova Iorque. Voltou dos Estados Unidos em 1960 para exercer as funções de oficial-de-gabinete do ministro das Relações Exteriores, embaixador Afonso Arinos de Melo Franco, até 1961. Promovido, nesse ano, a primeiro-secretário, foi nomeado assessor de imprensa do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
De 1962 a 1964, serviu na embaixada do Brasil em Moscou, na União Soviética. De volta à SERE, foi subchefe de gabinete do ministro das Relações Exteriores, embaixador Vasco Leitão da Cunha até 1965. Nesse ano, foi nomeado cônsul do Brasil em Roma (Itália), onde permaneceu até 1967, ano em que foi promovido a conselheiro. Foi promovido a ministro de segunda classe em novembro de 1968. Nessa ocasião, foi nomeado Chefe de gabinete do ministro das Relações Exteriores, embaixador Mário Gibson Barbosa, de 1969 a 1974, em seguida chefiou o Departamento Geral da Administração (1974-1978).
Nomeado embaixador do Brasil em Portugal em 1979, serviu em Lisboa até 1983. Voltou a Portugal em 1990 como cônsul-geral do Brasil com categoria de embaixador na cidade do Porto, onde trabalhou até sua aposentadoria naquele mesmo ano. Foi reconhecido como inventor pelo Departamento de Patentes dos EUA (Washington, 1987) pela criação de uma embalagem de medicamentos à prova de violação.
Publicou, entre outros, Era Lisboa e chovia (1984), Dinah, caríssima Dinah (1989), Era Tormes e amanhecia (1992) Era Porto e entardecia (1995) e Luso-Brasilidades nos 500 Anos (2000). Traduzindo diretamente do idioma russo, lançou em 2006, depois de nove anos de trabalho, a primeira edição em português do clássico de Aleksandr Puchkin, Eugênio Onegin: um romance em versos.
Fonte: https://www18.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/dario-moreira-de-castro-alves