Introdução: Ensino superior no Brasil
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Ensino superior no Brasil
Informações gerais
Instituições de Ensino Superior (IES)
Tipos de IES brasileiras
Por categoria administrativa
Por organização acadêmica
Tipos de cursos superiores
Graduação
Pós-Graduação
Como ingressar no ensino superior no Brasil
Programa de Estudantes-Convênio (PEC)
Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)
Ensino superior no Brasil
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Informações gerais
O ano letivo no Brasil começa no início do ano (fevereiro/março) e termina no final do ano (novembro/dezembro).
Normalmente, os cursos são divididos em períodos semestrais ou anuais.
Os turnos dos cursos podem ser os seguintes:
- Matutino: quando a maior parte das aulas é pela manhã, até às 12h.
- Vespertino: quando a maior parte das aulas é à tarde, entre 12h e 18h.
- Noturno: quando a maior parte das aulas é à noite, após as 18h.
- Integral: quando o aluno tem aulas em mais de um turno. Normalmente as aulas ocorrem de manhã e à tarde, mas pode haver algumas aulas à noite também.
Instituições de Ensino Superior (IES)
O Brasil tem 2.595 Instituições de Ensino Superior (IES) espalhadas por todo o país.*
As IES brasileiras podem ser públicas ou privadas, conforme a entidade que as administra. Além disso, elas têm diversas designações, como universidade, instituto federal, centro universitário e faculdade. Saiba mais a seguir.
*Fonte: Censo da Educação Superior 2022 - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Anísio Teixeira (INEP). Veja mais estatísticas sobre o Ensino Superior no Brasil aqui.
Tipos de IES brasileiras
Por categoria administrativa
IES públicas
São as IES mantidas e administradas pelo governo. Elas não cobram taxas dos alunos. Essas IES contribuem fortemente para democratizar o acesso ao ensino superior. Existem 312 IES públicas no Brasil.
As IES públicas podem ser federais, estaduais ou municipais.
- IES públicas federais: são as IES financiadas pelo governo federal. As IES federais incluem universidades e institutos federais. Exemplos de IES públicas federais: Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA).
- IES públicas estaduais: são IES mantidas pelos governos estaduais. As IES estaduais podem ser universidades, centros universitários e faculdades. Exemplos de IES públicas estaduais: Universidade Estadual de Goiás (UEG), Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), Universidade do Estado da Bahia (UNEB).
- IES públicas municipais: são IES mantidas pelos governos municipais, com foco mais restrito às necessidades locais. Também podem ser universidades, centros universitários e faculdades. Exemplos de IES públicas municipais: Universidade Regional de Blumenau (FURB), Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), Faculdade de Direito de Franca (FDF).
IES privadas
São IES administradas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, como empresas, fundações privadas, ou associações. As IES privadas cobram taxas dos alunos. Elas podem ou não ter fins lucrativos. Existem 2.283 IES privadas no Brasil.
Exemplos de IES privadas sem fins lucrativos: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), Universidade de Caxias do Sul (UCS), Centro Universitário UNIVATES.
Exemplos de IES privadas com fins lucrativos: Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), Universidade da Amazônia (Unama), Atitus Educação.
Por organização acadêmica
Universidades
As universidades são IES multidisciplinares, que oferecem cursos de graduação e pós-graduação em várias áreas do conhecimento. Elas realizam atividades de ensino, pesquisa e extensão. Atividades de extensão são aquelas voltadas a fortalecer o vínculo entre a universidade e a sociedade. Elas buscam divulgar o conhecimento desenvolvido pela IES e conhecer as necessidades locais, para que a universidade possa contribuir com a comunidade.
As universidades têm autonomia para criar cursos, emitir diplomas, fixar currículos e número de vagas, firmar contratos, acordos e convênios, entre outras ações.
Universidades devem respeitar algumas condições, como: número mínimo de professores mestres e doutores, programas de extensão e de iniciação científica orientados por mestres ou doutores, entre outros.
Exemplos de universidades: Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI).
Centros universitários
Também são instituições multidisciplinares que oferecem cursos em várias áreas do conhecimento. Têm estrutura semelhante à das universidades, mas não precisam realizar pesquisa institucionalizada.
Um centro universitário pode se tornar uma universidade, se atender aos requisitos da legislação brasileira.
Exemplos de centros universitários: Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), Centro Universitário Barão de Mauá (CBM), Centro Universitário São Camilo.
Institutos federais
Os institutos federais, ou IFs, são um tipo de IES com foco na formação técnica e tecnológica (saiba mais sobre graduação tecnológica aqui). Os IFs oferecem ensino médio, ensino técnico e ensino superior. Além dos cursos de graduação tecnológica, podem oferecer licenciaturas, bacharelados e pós-graduação.
Os institutos federais fazem parte da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, junto aos Centros Federais de Educação Tecnológica (CEFETs) e à Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Saiba mais sobre a Rede Federal aqui.
Exemplos de institutos federais: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM).
Faculdades
São IES que não têm autonomia para emitir diplomas. Os diplomas de uma faculdade devem ser emitidos por uma universidade. Normalmente, as faculdades oferecem formação em uma área específica. Elas não têm tanta autonomia como as universidades e os centros universitários.
Exemplos de faculdades: Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR), Atitus Educação, Insper Instituto de Ensino e Pesquisa.
Uma faculdade também pode ser uma unidade dentro de uma universidade, como a Faculdade de Direito da Universidade de Brasília.
Tipos de cursos superiores
Os cursos superiores podem ser de dois níveis: graduação e pós-graduação.
Graduação
A graduação é o primeiro nível do ensino superior. Você deve ter concluído o ensino médio (secundário ou equivalente) para ingressar num curso de graduação.
No Brasil, existem três tipos de graduação: tecnológica, licenciatura ou bacharelado. Todos eles conferem diplomas de nível superior aos formados. Conheça as diferenças entre eles a seguir.
Graduação tecnológica
É um curso voltado para a prática profissional e a rápida inserção no mercado de trabalho. Um curso tecnológico oferece formação com foco bem específico. Por exemplo, alguns cursos tecnológicos na área de Computação e Tecnologias da Informação são: Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Jogos Digitais, Informática em Telecomunicações.
Os institutos federais e outras IES que formam a Rede Federal do Brasil têm foco nos cursos de graduação tecnológica.
Os cursos tecnológicos duram em média dois a três anos. O graduado recebe o título de Tecnólogo.
Exemplos de cursos tecnológicos: Gestão Ambiental; Gestão de Turismo; Construção de Edifícios; Tecnologia de Alimentos; Toxicologia.
Licenciatura
É um tipo de graduação que forma professores para atuar em escolas de educação básica (ensino infantil, fundamental e médio). O curso inclui disciplinas sobre didática e preparação de aulas.
Uma licenciatura dura em média quatro anos. O graduado recebe o título de Licenciado.
Alguns cursos permitem obter dupla qualificação (licenciatura e bacharelado).
Exemplos de cursos de licenciatura: Letras; Educação Física; Pedagogia; Matemática; Geografia.
Bacharelado
É uma graduação generalista, que forma profissionais para atuar em diferentes atividades. Um bacharelado permite exercer uma profissão específica, realizar estudos e pesquisas, seguir uma carreira acadêmica, entre outras possibilidades.
Algumas carreiras são exclusivas do bacharelado, principalmente aquela que têm exercício profissional regulamentado, como Arquitetura, Enfermagem e Psicologia.
Um curso de bacharelado dura em média quatro a cinco anos, às vezes seis. O graduado recebe o título de Bacharel.
Exemplos de cursos de bacharelado: Engenharias; Agronomia; Biomedicina; Geografia.
Pós-Graduação
A pós-graduação é uma etapa avançada do ensino superior. Você deve possuir um diploma de graduação para ingressar num curso de pós-graduação.
Conheça os tipos de pós-graduação no Brasil.
Pós-graduação “lato sensu”: especialização, residência médica, MBA
As pós-graduações “lato sensu” são cursos de especialização que duram no mínimo 360 horas. Ao final do curso, o aluno obtém um certificado e não um diploma.
Cursos de MBA (“Master Business Administration”) são cursos de pós-graduação “lato sensu”.
Outro exemplo de pós-graduação “lato sensu” é a residência médica, uma especialização para médicos. Seu foco é na formação prática e teórica em especialidades médicas. A residência médica é realizada em hospitais e instituições de saúde, sob supervisão de médicos experientes. A residência médica pode durar de dois a cinco anos, dependendo da especialidade. Saiba mais sobre residência médica aqui.
Pós-graduação “stricto sensu”: mestrado e doutorado
As pós-graduações “stricto sensu” são os cursos de mestrado e doutorado. Ao final do curso, o aluno obtém um diploma. Saiba mais a seguir.
Mestrado: voltado para desenvolver habilidades de pesquisa em uma área do conhecimento específica. Um curso de mestrado dura em média dois anos.
Existem dois tipos de mestrado no Brasil: o acadêmico e o profissional.
O mestrado acadêmico forma pesquisadores e professores universitários. Seu objetivo principal é a produção de conhecimento científico. O aluno deve criar uma dissertação baseada em uma pesquisa original.
O mestrado profissional é voltado para profissionais que buscam qualificação técnica e científica para o mercado de trabalho. O foco do curso é na aplicação prática do conhecimento. O trabalho final deve ser relacionado a questões reais da área de atuação do profissional.
Doutorado: voltado para formar pesquisadores de alto nível e professores universitários. Tem duração média de quatro anos.
Um aluno de doutorado deve desenvolver uma tese original e inédita, que contribua significativamente para o avanço do conhecimento em sua área de estudo.
O doutorado também pode ser do tipo acadêmico ou profissional. Assim como o mestrado profissional, o doutorado profissional é voltado para a capacitação de profissionais de diversas áreas do conhecimento. Seu foco é o estudo de temas que atendam a alguma demanda do mercado de trabalho.
Não é obrigatório ter um mestrado para ingressar num doutorado.
Como ingressar no ensino superior no Brasil
Programa de Estudantes-Convênio (PEC)
Estudantes estrangeiros podem ingressar gratuitamente no ensino superior no Brasil pelo Programa de Estudantes-Convênio (PEC).
O PEC tem três modalidades:
- Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G): oferece vagas gratuitas para graduação completa no Brasil.
- Programa de Estudantes-Convênio de Português como Língua Estrangeira (PEC-PLE): oferece vagas gratuitas para curso de língua portuguesa e cultura brasileira a estudantes que precisam obter o certificado do Celpe-Bras para ingressar no PEC-G.
- Programa de Estudantes-Convênio de Pós-Graduação (PEC-PG): oferece vagas gratuitas e bolsa de estudos para pós-graduação completa no Brasil.
Veja a lista dos países participantes do PEC aqui.
Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)
Estrangeiros também podem ingressar em cursos de graduação no Brasil pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O Enem é um exame do Governo brasileiro que avalia estudantes do ensino médio. Você precisa ter concluído ou estar concluindo o ensino médio (secundário) para ingressar na graduação pelo Enem.
O Enem é formado por quatro provas objetivas com 180 questões no total, além de uma redação em português. As provas são sobre as seguintes áreas do conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias.
Saiba mais sobre o Enem aqui.