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O Brasil orgulha-se de haver cumprido dez mandatos como membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas (1946-47, 1951-52, 1954-55, 1963-64, 1967-68, 1988-89, 1993-94, 1998-99, 2004-05 e 2010-11).
Em seus mandatos anteriores no CSNU, o Brasil, cuja inserção internacional está amparada na diplomacia, na persuasão e no respeito ao direito internacional, manteve postura independente e construtiva e, quando possível, contribuiu ativamente para a formação de consensos entre os membros sobre temas controversos na agenda do órgão. Em 2011, por exemplo, a atuação brasileira foi decisiva para a aprovação de declaração presidencial do CSNU sobre a Síria, cuja versão inicial resultou de negociação entre o Brasil e o Reino Unido. O documento foi o único a ser adotado pelo CSNU sobre o conflito sírio naquele ano.
O Brasil também privilegiou a diplomacia preventiva e os mecanismos de solução pacífica de controvérsias e defendeu o recurso a medidas coercitivas – sanções e uso da força – apenas em último caso. Nesse sentido, o país absteve-se na votação da Resolução 1973 (2011), que autorizou de forma ampla o uso da força para proteção de civis na Líbia, por considerar que essa autorização – muito além do necessário para o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea, conforme solicitado pela Liga Árabe e pela União Africana – não contribuiria para o objetivo comum dos membros do CSNU, a cessação da violência na Líbia. A história provou que a autorização ampla do uso da força acabou por causar ainda mais sofrimento aos mesmos civis que buscava em primeiro lugar proteger. Além disso, o Brasil sublinhou a necessidade de que o CSNU seja mais transparente, eficiente e representativo do conjunto e da diversidade dos Estados membros da ONU.
Particularmente em seu último mandato, o país defendeu a interdependência dentre segurança e desenvolvimento, o que exige do CSNU abordagem abrangente, a fim de prover aos complexos desafios enfrentados as respostas adequadas, em especial em situações de transição da presença da ONU no terreno. A posição brasileira nessa questão decorre, em grande medida, da experiência brasileira na promoção da paz duradoura no Haiti e na Guiné-Bissau. Como resultado dos esforços brasileiros, declaração presidencial sobre a interdependência entre segurança e desenvolvimento foi adotada durante a última presidência brasileira do Conselho de Segurança, em fevereiro de 2011.