Histórico
A atividade de pesca da piracatinga, Calophysus macropterus (Lichtenstein, 1819), também conhecida como pintadinha, douradinha, piranambu ou urubu-d’água, caracteriza-se por ser um dos grandes desafios da gestão pesqueira na bacia Amazônica. No Brasil, as técnicas de pesca utilizadas envolvem o uso de resíduos de animais como isca, o que implica desenvolver e implementar medidas de gestão eficientes para manutenção da exploração sustentável desta espécie.
A problemática associada à pesca da piracatinga decorreu da constatação, desde o final da década de 1990 e início dos anos 2000, das iscas utilizadas para a captura deste recurso, ou seja, do uso de espécies amazônicas de crocodilianos e cetáceos como iscas para a captura de piracatinga.
Envolvendo mais de 20 anos de debate, a pesca da piracatinga contabiliza 4 moratórias e 4 Grupos de Trabalho que discutiram a temática de forma qualitativa, fundamentado em pautar metas de uso sustentável abrangendo o não uso de iscas da fauna das espécies amazônicas de cetáceos e crocodilianos envolvidas, e o desenvolvimento socioeconômico, cultural e profissional da atividade pesqueira.