Notícias
Relações Exteriores
Um passo na reconstrução do comércio de pescado com os europeus
No primeiro diálogo institucional depois de muitos anos, o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, senta à mesa com o comissário da União Europeia para o Meio Ambiente, Oceanos e Pesca, Virginijus Sinkevičius. - Foto: Adriana Lima/MPA
Em mais um passo para reconstruir as condições necessárias para reabrir o mercado europeu para o pescado brasileiro, o ministro da Pesca e Aquicultura (MPA), André de Paula, recebeu na tarde de hoje (2/5) o comissário europeu para o Meio Ambiente, Oceanos e Pesca, Virginijus Sinkevičius – que estava acompanhado do embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez.
O encontro aconteceu por iniciativa dos europeus, que buscam garantir compromissos do Brasil contra a pesca ilegal, por ordenamentos pesqueiros sustentáveis e atuação conjunta em fóruns internacionais da pesca.
Por outro lado, a Europa está fechada ao comércio de pescados oriundos do Brasil desde 2018. Como bloco, ela é a maior consumidora mundial. Por isso, a reconstrução desse comércio é prioridade total do governo do presidente Lula, que assim atende o apelo dos pescadores e aquicultores brasileiros.
"Nossa gestão vem sendo compartilhada com o Ministério do Meio Ambiente, num claro reconhecimento de que o futuro da atividade pesqueira passa pela sustentabilidade e pelo correto balanço entre a geração de renda e empregos com a proteção da biodiversidade”, enfatizou, André de Paula.
A secretária Nacional de Registro, Monitoramento e Pesquisa, Flávia Lucena Frédou, chamou a atenção para o fato de que, ao ser recriado, o ministério ganhou uma área específica para cuidar da geração de estatística pesqueira confiável e monitorar as pescarias. Ou seja, é um compromisso claro contra a pesca ilegal.
“O lançamento que fizemos, em abril, do sistema PesqBrasil - Mapa de Bordo trará agilidade para o pescador, reforçando o monitoramento da atividade em todo o país”, detalhou. O sistema a que ela se referiu é digital, gratuito e faz o registro da quantidade de pescado tirado das águas a cada viagem das embarcações.
Até então, esse controle era feito majoritariamente com o preenchimento manual de formulários em papel, que costumam ser entregues nas superintendências federais do MPA pelos estados. Há, portanto, milhares de dados a serem digitalizados para construir a história estatística da pesca do Brasil no passado. Já a do futuro, começou a ser escrita a partir do PesqBrasil – Mapa de Bordo.
O secretário-executivo do MPA, Carlos Mello, valorizou a aproximação institucional entre Brasil e União Europeia. “Juntos vamos construir e avançar de forma articulada com diversos setores da economia, buscando posicionamento adequado e sustentável para o desenvolvimento da comunidade pesqueira no Brasil e no mundo”, enfatizou.
SAIBA MAIS