MPA inaugura o Auditório Manuel Olímpio Meira

O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) conta com um novo espaço para reuniões e eventos: o Auditório Manuel Olímpio Meira, inaugurado na última terça-feira (29). O espaço homenageia a memória de “Manuel Jacaré”, pescador e presidente da Colônia Z1, que partiu da praia de Iracema, em Fortaleza, rumo ao Rio de Janeiro em uma jangada, com o objetivo de levar ao então presidente Getúlio Vargas as reivindicações dos pescadores.

A expedição de Manuel Jacaré destacou as dificuldades enfrentadas por pescadores e jangadeiros do Ceará. Ao longo da jornada, Jacaré conheceu a realidade dos pescadores de outras regiões e sua travessia se tornou um símbolo nacional das lutas dos pescadores em todo o litoral. Após 61 dias no mar, ele foi recebido por Vargas, o que resultou na edição do Decreto-Lei 3.832, de 18 de novembro de 1941, garantindo direitos trabalhistas e previdenciários para os pescadores artesanais.

Inauguração marcada por homenagens aos servidores

A cerimônia de inauguração também coincidiu com as comemorações pelo Dia do Servidor Público, com homenagens aos servidores do MPA. Durante o evento, o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, ressaltou a importância de reconhecer o trabalho dos servidores e celebrou a conquista de um espaço próprio para o Ministério. “Hoje, temos o privilégio de inaugurar um auditório que é importante. E, não poderíamos inaugurar com outro público que não fosse vocês”.

O ministro também reforçou seu apreço pelo trabalho coletivo dos servidores, que considera essencial para o fortalecimento do setor. “O sucesso, repito, é uma obra de CNPJ, nunca de CPF. Ninguém faz sucesso sozinho, e eu tenho muito orgulho de cada um de vocês... Essa é uma conquista que precisamos celebrar juntos”.

O secretário Nacional de Pesca Artesanal, Cristiano Ramalho, também destacou a importância de manter viva a memória de Jacaré, ligando-a ao papel do serviço público. “Ser servidor público é levar cidadania. É um instrumento fundamental na área de saúde, da educação, da pesca, na área da cultura. Sem serviço público não existe cidadania, não existe fortalecimento da democracia, não existe reconhecimento do Estado democrático e de direito”.

Ramalho relembrou o simbolismo da viagem de Jacaré, que representou a busca por direitos e reconhecimento, uma luta pela presença do Estado na vida dos pescadores. Ao homenagear o jangadeiro, Ramalho destacou a importância de honrar a memória daqueles que pavimentaram o caminho para a cidadania e o fortalecimento das políticas públicas voltadas aos trabalhadores da pesca.

O secretário de Registro, Monitoramento e Pesquisa, Luís Gustavo, elogiou o novo auditório e reforçou o papel dos servidores. “Ser servidor é algo que vai além de apenas uma profissão. É se dedicar ao máximo e sempre lembrar que nossa missão é servir aos pescadores e aquicultores da melhor forma possível”, concluiu.

O novo espaço fica no Edifício Soheste (Sudoeste/Brasília-DF), prédio que aloca toda a equipe técnica do Ministério da Pesca e Aquicultura.