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PISCICULTURA
Maranhão tem projeto de massificação de aquicultura familiar
Senadora Eliziane Gama explica ao ministro André de Paula o projeto de massificação da aquicultura familiar no Maranhão. - Foto: Paky Rodrigues/MPA
O estado do Maranhão quer implantar nos próximos anos um projeto de massificação de aquicultura familiar. A ideia foi comunicada na manhã desta quarta-feira (25) ao ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, pela superintendente de Pesca e Aquicultura do estado, Elisvane Pereira Gama, que estava acompanhada do chefe do Departamento de Engenharia de Pesca da Universidade Estadual do Maranhão, Jadson Pinheiro, e da senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
O projeto, conforme explicou a senadora, é propiciar que as famílias produzam pescado em tanques, em pequena escala. A produção serviria tanto para consumo próprio quanto para comercialização por meio de cooperativas. A meta inicial de produção é de 600 quilos por mês. Eliziane Gama ressaltou a importância da parceria com o Ministério para transformar o Maranhão em um modelo a ser seguido por outros estados, aproveitando o grande potencial da região.
“Elaboramos uma proposta e queremos alinhar com a Secretaria Nacional de Aquicultura qual seria o melhor caminho. Pensando em 3 anos de duração, queremos trabalhar com o modo de produção de 5 tanques por família. Além disso, dentro da proposta está incluída a assistência técnica no período”, completou Jadson Pinheiro.
O ministro André de Paula lembrou que a recriação do Ministério da Pesca e Aquicultura pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve por objetivo justamente fazer com que o Brasil aproveite seu imenso potencial hídrico para aumentar a produção de pescado. Isso, lembrou o ministro, serve para ampliar a oferta de alimentos e também para gerar emprego e renda no campo.
Sendo assim, ele orientou a equipe a planejar o projeto em colaboração com a Secretaria Nacional de Aquicultura. Diante disso, o diretor do departamento de Desenvolvimento e Inovação da SNA, Paulo Faria, destacou a existência de um edital em aberto, que convida a apresentação de propostas no campo da aquicultura, com recursos no valor de R$ 10 milhões para financiar os projetos selecionados. Segundo ele, a proposta da equipe se encaixa muito bem nas diretrizes nacionais.
O Maranhão já produz pescados de cultivo, mas em escala comercial, não em um projeto de aquicultura familiar massificado, como se propõe. Em 2022, o estado despescou pouco mais de 50 mil toneladas, sendo 39 mil toneladas de peixes nativos, tambaqui e pirarucu, 5 mil toneladas de tilápias e 6 mil toneladas de outros peixes, como truta, pangasius e carpa.
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