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ICCAT discute em Natal o futuro da pesca do atum no Atlântico
Conhecido como "esquina do continente", o Rio Grande do Norte é a unidade da Federação mais próxima dos continentes africano e europeu. Essa característica, somada a tantas outras, fez do estado palco da 2ª reunião da ICCAT, que começou nesta quarta-feita (22/05) em Natal.
Ao lado da governadora Fátima Bezerra, o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, participou da abertura e destacou que o ordenamento justo e atento a todos requisitos de conservação, sejam eles da ICCAT, sejam eles nacionais, têm sido feito no Brasil de forma única, com discussão social ampla, de construção democrática e necessária ao desenvolvimento da atividade pesqueira.
O ministro deu como exemplo o importante fórum de discussão participativa — o CPG Atuns e Afins — composto por diversos órgãos e entidades públicas, pesquisadores e setor pesqueiro. Este comitê tem um papel essencial na internalização das atividades, respeitando a biodiversidade marinha e, ao mesmo tempo, gerando desenvolvimento econômico, inclusão social e oportunidades de emprego e renda ao setor.
A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, reafirmou o retorno do Brasil à comunidade internacional com a volta do Ministério e reforçou a importância que o governo federal vem dando à pesca do nosso país, tendo em vista a demanda do setor produtivo e dos movimentos sociais da pesca artesanal.
A governadora reafirmou o compromisso do governo Lula com a criação de políticas que garantam a melhoria do setor e que fortaleça a economia costeira. Para ela, o desenvolvimento precisa ser bom para toda a economia. Ela espera que o encontro produza isso, por meio do conhecimento, troca de experiências e fomento de parcerias.
Programação
Até sexta-feira, 24 de maio, especialistas discutirão o ordenamento dos atuns e afins tropicais no Atlântico. Cerca de 20 delegações participam presencialmente do evento e 10 delegações participam à distância.
O Brasil participa da ICCAT desde 1969. Santa Catarina, Ceará e Rio Grande do Norte lideraram as exportações de atum no primeiro trimestre de 2024. O MPA colabora com a ICCAT promovendo a conservação marinha e gestão sustentável da pesca no Atlântico.
A pesca de atuns e afins em terras brasileiras é desenvolvida pelas frotas industrial e artesanal, com características estruturais e culturais próprias. Além disso, o Brasil é o terceiro país com maior número de cientistas que colaboram com a ICCAT.