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PISCICULTURA
Durante lançamento do Anuário da Piscicultura 2024 na FIESP, Ministro da Pesca destaca conquistas para o setor
O ministro da Pesca e Aquicultura (MPA), André de Paula, participou nesta quinta-feira, 29/2, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), em São Paulo, do lançamento do Anuário da Piscicultura 2024.
Em sua fala, o ministro destacou a relevância do anuário para o desenvolvimento do setor. André de Paula reforçou a importância que esse governo tem dado ao setor e lembrou de conquistas significativas, como a isonomia tributária da ração do pescado que representa 70% do custo unitário da produção. Se aprovada, a reforma tributária atende pedido histórico da aquicultura. O ministro acredita que até julho desse ano esse pedidos passe no Congresso e trará reflexos positivos em toda a cadeia.
Ministro também falou sobre a parceria estratégica firmada entre o MPA e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações (ApexBrasil). O objetivo central dessa união é impulsionar a presença internacional da cadeia produtiva da pesca e aquicultura brasileira.
Outra questão abordada pelo ministro foi a suspensão da importação da tilápia do Vietnã - até que seja revisto o protocolo sanitário - assinada pelo ministro Carlos Fávaro da pasta da Agricultura e Pecuária. Foi uma medida defendida pelo MPA e uma grande vitória para o setor pois garante tranquilidade para os produtores, uma vez que evita possíveis riscos sanitários.
Em sua fala o ministro enalteceu a parceria com o setor que no seu entendimento é fundamental nessa caminhada. Segundo ele, essa união é o elemento central no avanço para promover toda cadeia produtiva da piscicultura no Brasil.
O presidente da Sindicato da Indústria da Pesca no Estado de São Paulo e diretor da FIESP, Roberto Imai, comemorou mais essa edição do anuário, pois mostra o crescimento do setor e que ele hoje está dentro do contexto e que pode ser comparado a outras proteínas animais.
Ricardo Santin, presidente da Sociedade Brasileira de Proteína Animal destacou que o anuário permite ao setor planejar mais e investir melhor. Disse que a cultura da exportação precisa ser retomada para a proteína animal estar presente nos mais variados pratos.
Carlos Nabil, coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, representando no evento o secretário de Agricultura e Abastecimento de SP, disse que o estado tem dado atenção especial ao setor, por meio de linha de financiamento e pesquisa. Reconheceu que muita coisa ainda precisa ser feita, mas o setor está crescendo e o governo, seja federal ou estadual tem apoiando.
Guilherme Campos, Superintendente de Agricultura e Pecuária no Estado de São Paulo, reconheceu que o trabalho do MPA e a capacidade de articulação e conhecimento do ministro André de Paula. Segundo ele, tudo está no rumo certo para que o setor de piscicultura se desenvolva cada vez mais no país.
Números - Em sua apresentação do anuário, Francisco das Chagas de Medeiros, presidente da PeixeBR. Falou que o aumento de consumo do pescado é notório. Mas, falta crédito do sistema financeiro, mais acesso facilitado ao crédito, esse ainda é um grande gargalo do setor.
O levantamento da Peixe BR aponta avanço inferior à média dos anos anteriores, mas em bom nível devido a problemas climáticos e sanitários. A piscicultura venceu adversidade adversidades e cresceu 3,1% em 2023.
O Brasil produziu 887.029 toneladas de peixes de cultivo em 2023, com crescimento de 3,1% sobre o resultado do ano anterior (860.355 toneladas), aponta levantamento exclusivo da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), entidade que reúne, fomenta, defende e valoriza a cadeia produtiva.
Para Francisco Medeiros, presidente executivo da Peixe BR, 2023 foi um ano de desafios. Segundo ele, tiveram estados que foram mais prejudicados que outros devido às questões climáticas e também sanitárias. Mas, de forma geral, o resultado foi positivo. A piscicultura brasileira continua em crescimento, posicionando-se com cada vez mais relevância na vida dos brasileiros.
A tilápia participou com 579.080 toneladas (65,3% do total), os peixes nativos contribuiram com 263.479 toneladas (29,7% do total) e as outras espécies (carpa, truta e pangasius) atingiram 44.470 toneladas (5% do total).
O Paraná ampliou a liderança em produção, assim como a região Sul mantém-se à frente, já representando 1/3 do total nacional. Nas próximas páginas, detalhamos as estatísticas por estados, por regiões e por espécies.
A estatística de produção de peixes de cultivo da Peixe BR completa 10 anos (2014 a 2023), mesmo tempo de existência da entidade. Nesse período, o cultivo saltou de 578.800 toneladas para 887.029: +53,25%. A média de crescimento anual é bastante expressiva: 5,325%.
Considerando que as exportações ainda são pouco representativas - apesar de em crescimento -, o aumento da oferta representa elevação direta do consumo interno. Atualmente, o brasileiro consome 4,35 kg de peixes de cultivo por ano.
As exportações também cresceram. No total, o país comercializou 6.815 toneladas de peixes de cultivo - com liderança expressiva da tilápia - e receita de US$ 24,7 milhões. Esse resultado é 4% superior ao obtido em 2022, como mostra o relatório da Embrapa Pesca e Aquicultura, elaborado para a Peixe BR.
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