A Semana Santa é para o setor de pesca e aquicultura o que o Natal é para o comércio varejista em geral. Em média, há um incremento de 30% nas vendas nesta época do ano, beneficiando todo o setor pesqueiro. Este não é um fenômeno sazonal em si, pois a demanda por pescado só aumenta a cada ano. Mas o que, de fato, pode ser chamado de pescado?  

Bom, o brasileiro está comendo mais peixe. Mas não somente, pois o consumo de crustáceos, moluscos, anfíbios, quelônios e outros frutos do mar também aumentou. Todos esses animais têm ciclo de vida aquático e, por isso, se enquadram na categoria de pescado.  

O chefe de Divisão de Análise da Secretaria Nacional de Pesca Industrial, Amadora e Esportiva do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), Rui Donizetti, explica que o pescado é a proteína animal com mais diversidade de espécies, pois inclui animais de água doce e salgada, além de espécies totalmente aquáticas e aquelas que têm apenas parte do ciclo de vida na água, como as rãs, por exemplo.  

Donizetti explica, ainda, que a indústria do pescado evoluiu bastante nos últimos anos, oferecendo produtos em diferentes formatos e formas de conservação. Assim, é possível encontrar produtos secos e frescos, inteiros ou em pedaços (como filés ou postas), em conservas e até em preparações prontas.  

Durante a Semana Santa, alguns dos pescados mais procurados são o bacalhau (salgado), a tilápia e o tambaqui (frescos), e também os congelados, como a corvina e a pescada branca. A demanda por cada espécie varia de acordo com a região e com a produção local.  

Como escolher o melhor pescado?  

Com tanta diversidade de sabores, escolher um pescado para depende, principalmente, do gosto do consumidor. O mercado já oferece uma boa variedade de formatos que são mais adequados ao tipo de prato. Na dúvida, o ideal é pedir ajuda na peixaria e seguir as orientações das embalagens dos produtos.  

Além disso, Rui Donizetti lembra que é necessário prestar atenção às condições gerais do pescado. “É importante comprar de locais conhecidos, que possa informar a origem, e observar as condições de grau de frescor, sendo que alguns pontos são fundamentais, como os olhos com brilho e transparentes, as guelras estrutura atrás dos olhos, por onde os peixes respiram, devem estar bem vermelhas, e a superfície com brilho e sem manchas diferentes”, reforça. 

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