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Brasil mostra a Uganda políticas de incentivo da aquicultura
Ministro André de Paula e dirigentes do MPA se reúnem com delegação de Uganda liderada pelo ministro Bwino Fred Kyakulaga para apresentar políticas brasileiras de aquicultura - Foto: Fotos: Adriana Lima/MPA
Depois de visitar criações de tilápia em Santa Fé do Sul e Ilha Solteira, ambos em São Paulo, na bacia do rio Paraná, uma delegação do ministério da Agricultura, Indústria Animal e Pesca de Uganda, liderada pelo ministro Bwino Fred Kyakulaga, esteve no Ministério da Pesca e Aquicultura para conhecer a gestão pública sobre os empreendimentos e as demais políticas de incentivo brasileiras.
“Na gestão do governo Lula tivemos a volta do ministério da Pesca e Aquicultura, que de cara, já agregou novas secretarias. As novidades garantem a ampliação da agenda de negociações, parcerias e cooperação técnica”, ressaltou André de Paula. O ministro destacou que a parceria com Uganda será aprofundada e pautada pelo diálogo.
Kyakulaga ressaltou a necessidade de evoluir a aquicultura do seu país. “Estamos aqui para aprender com o Brasil, por meio dessa colaboração. Queremos saber mais sobre as tecnologias utilizadas, técnicas de pesca, desenvolvimento de ração, vacinas, gestão de pastagem e genética”, pontuou.
Os projetos aquícolas visitados pela delegação estrangeira funcionam no sistema de cessão de águas da União. Nele, o lago formado a partir do represamento de rios para construção de usinas hidrelétricas — no caso específico a usina de Ilha Solteira, no município do mesmo nome, na divisa de São Paulo com o Mato Grosso do Sul —, é cedido para que empresas privadas criem peixes. O projeto paulista explora a tilápia, espécie nativa do Rio Nilo, que nasce em Uganda, muito explorada em vários países.
Uma vez tendo conhecido in loco a operação dos projetos, a delegação veio a Brasília aprender como o governo faz a cessão e monitora o desenvolvimento da criação.
Uganda está localizada na África Oriental, no coração do continente, região dos grandes lagos. Com 240 mil metros quadrados de terras cultiváveis, tem no café a principal fonte de exportação e a pesca da tilápia do Rio Nilo, uma de suas fontes de renda.