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Registro, Monitoramento e Pesquisa
Brasil acelera construção de dados da pesca
Rafael Zavala, André de Paula e Flávia Lucena Frédou (de costas) com pesquisadores dos três países: mesa da FAO formula dados para estatística pesqueira. - Foto: Adriana Lima/MPA
Vinte pesquisadores brasileiros, argentinos e uruguaios começaram hoje de manhã, em Brasília, a construir juntos os dados e estimativas da avaliação de estoques pesqueiros na chamada área 41, que é o Sudeste do oceano Atlântico, onde estão as costas dos três países. O encontro é realizado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e representa um passo decisivo do Brasil na volta à comunidade internacional.
O 2° Workshop da FAO para Avaliação de Estoque da área 41 acontece no escritório da FAO Brasil, instalado no campus do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e vai até sexta-feira (28). Presente na abertura do evento, o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, destacou a prioridade dada pelo governo do presidente Lula ao monitoramento pesqueiro. “Será fundamental voltarmos a ocupar os relatórios da FAO e das estatísticas mundiais, reafirmando nosso compromisso com a produção de alimentos e com a sustentabilidade dos cardumes”, ressaltou.
“A ideia é sair daqui com um plano de gerenciamento e monitoramento que sirva de base e seja um projeto duradouro e perpasse esse governo, deixando o Brasil em outro patamar”, completou a secretária de Registro, Monitoramento e Pesquisa, Flávia Lucena Frédou.
O representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala, parabenizou a preocupação do governo em reunir especialistas para tratar de tema tão importante em termos econômicos e sociais para o país. “Gracas a sua costa, o Brasil tem potencial pesqueiro que é importante fonte de renda e exportação que merecem ser preservados. Esperamos que esse movimento que se inicia aqui hoje se perpetue no futuro”, comemorou.
Área 41
Durante os quatro dias de encontro, os especialistas avaliarão formas de monitoramento dos estoques de espécies de camarões, pargo, corvina, castanha, peixe-sapo, cioba e pequenos atuns. A FAO divide as áreas pesqueiras em quadrantes e o Brasil está localizado na área de pesca 41 (Sudeste do Atlântico), com a Argentina e o Uruguai.
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