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Aquicultura
Após tempestades, tilapicultores do Paraná pedem criação de sistema de seguros
Audiência com ministro André de Paula, deputado Paulo Litro (PSD-PR, paletó azul) e aquicultores paranaenses.
Após as tempestades que caíram sobre parte do estado do Paraná, piscicultores do estado, o maior produtor de tilápias do país, estiveram na tarde de hoje (25) no Ministério da Pesca e Aquicultura para pedir socorro ao Governo Federal. Atendendo pedido de audiência do deputado Paulo Litro (PSD-PR), o ministro André de Paula os recebeu com técnicos das secretarias nacionais de Pesca Industrial e de Aquicultura.
“Morreram milhares de peixes. Além dos tanques, os peixes nativos também morreram. Nós queríamos que, quando acontecesse justamente alguma fragilidade na piscicultura, pudéssemos ser ressarcidos de alguma forma. Precisamos que o governo nos ajude com alguma ação, para ter um seguro” disse Gilson Tedesco, piscicultor paranaense.
A chuva torrencial provocou enchentes em parte do Paraná. Há 22 municípios em situação de emergência. Até um tornado, fenômeno incomum no Brasil, arrasou o município de Cascavel, no oeste paranaense.
A inundação, segundo os piscicultores, alterou o ambiente de cultivo e acabou matando os peixes. Diferentemente de outras culturas produtivas, porém, os aquicultores tem imensa dificuldade de contratar seguros. Por este motivo, quando um fenômeno natural os afeta, eles perdem toda a produção.
Divangela Kuligowski, piscicultora que estava na comitiva trazida pelo deputado Paulo Litro, falou sobre isso. “A questão não é só ressarcimento, mas também a segurança. Precisamos ter segurança para produzir. Além disso, precisamos criar um sistema para minimizar e prevenir esses danos.”
O diretor do Departamento da Indústria do Pescado, Helinton José Rocha, ressaltou a importância de um estudo aprofundado e estatisticamente embasado para oferecer uma taxa de seguro adequada. Ele enfatizou a necessidade de coletar dados sobre acidentes dessa natureza, a fim de desenvolver um sistema eficiente.
O ministro André de Paula, então, orientou os piscicultores a levantarem informações sobre a produção e os riscos climáticos que afetam a tilápia brasileira. Esses dados serão utilizados para embasar estudos e construir um sistema de seguros que proteja os produtores nacionais.
O Paraná lidera a produção nacional na piscicultura. Das 860 mil toneladas de 2022, o estado contribuiu com 194 mil toneladas, mais do que a soma dos segundo, terceiro e quarto colocados -- São Paulo (77,3 mil ton), Rondônia (57,2 mil ton) e Minas Gerais (51,7 mil ton). 96% da produção paranaense é de tilápia.
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