Plano Nacional de Transição Energética
O Plano Nacional de Transição Energética (Plante) é um plano de ações de longo prazo elaborado para concretizar os objetivos da Política Nacional de Transição Energética (PNTE) do Brasil. Ele visa direcionar os esforços do governo e de outros atores para uma matriz energética mais sustentável, com baixa emissão de carbono, contribuindo para a neutralidade de emissões líquidas de gases de efeito estufa no país.
Principais características:
Horizonte de longo prazo: O Plante é um plano de longo prazo, compatível com cenários de transição energética e requisitos de desenvolvimento socioeconômico.
Abordagem setorial e transversal: O plano aborda a transição energética tanto por setores econômicos específicos quanto de forma transversal, considerando aspectos como regulamentação, investimentos, financiamento e impactos sociais.
Revisão periódica: O Plante é revisto periodicamente, a cada quatro anos, para se ajustar às mudanças no cenário energético e garantir que as ações continuem relevantes.
Eixos estratégicos:
Expansão de energias renováveis: Aumento da participação de fontes de energia renováveis, como solar, eólica, biomassa e hidrelétrica, na matriz energética brasileira.
Eficiência energética: Promoção do uso eficiente da energia em todos os setores da economia, reduzindo o desperdício e a intensidade energética.
Combustíveis de baixo carbono: Incentivo à produção e uso de combustíveis de baixo carbono, como biocombustíveis, hidrogênio verde e outras alternativas mais limpas.
Inovação tecnológica: Estímulo à pesquisa, desenvolvimento e inovação em tecnologias energéticas limpas, como armazenamento de energia, redes inteligentes e captura de carbono.
Transição justa e inclusiva: Garantir que a transição energética seja socialmente justa, criando oportunidades de emprego, qualificação profissional e desenvolvimento social para as comunidades impactadas.
Elaboração, aprovação e monitoramento:
Coordenação: A elaboração do Plante é coordenada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), com apoio da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e participação de outros ministérios relevantes.
Consulta pública e aprovação: O Plante é submetido à consulta pública para receber contribuições da sociedade e, posteriormente, é aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Monitoramento: O MME é responsável por monitorar a implementação do Plante, com acompanhamento do Fórum Nacional de Transição Energética (Fonte) e avaliação periódica pelo CNPE.
O Plante, em conjunto com o Fonte, forma a estrutura básica para a implementação da PNTE, guiando o Brasil rumo a um futuro energético mais sustentável, seguro e inclusivo.