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Tecnologia é o caminho para consolidar o setor sucroenergético, diz Braga
O setor sucroenergético continuará em expansão e terá cada vez mais espaço na matriz energética brasileira, o que dependerá de avanços tecnológicos e da modernização do setor, afirmou o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, nesta quarta-feira (22/7) durante cerimônia de inauguração da Usina de Etanol de segunda geração em Piracicaba (São Paulo). Ao lado da presidenta Dilma Rousseff, Braga listou as medidas já adotadas pelo governo federal para permitir o desenvolvimento do setor, e destacou que a busca de produtividade será um dos caminhos para vencer os desafios.
“Aqui, está sendo apontado o caminho para que a indústria sucroenergética consolide o seu espaço na economia brasileira e na economia mundial”, afirmou na cerimônia de inauguração da usina, da Raízen. “O setor sucroenergético nos últimos anos enfrentou desafios e sempre houve a consciência de que era necessário, entre outras medidas, aumentar a produtividade com novas variedades de cana, com as pesquisas do etanol de segunda geração, com a busca permanente da inovação tecnológica. Hoje nós estamos vendo uma resposta firme a todos esses questionamentos e desafios”, disse Braga.
O compromisso anunciado pela presidenta nos Estados Unidos, de que até 2030 entre 28% e 33% da matriz energética brasileira será composta por fontes renováveis além da hidrelétrica, deve estimular ainda mais o setor sucroenergético, avalia o ministro. Segundo Braga, os produtos da cana já representam 15,7% da Oferta Interna de Energia brasileira (contando etanol e uso do bagaço na geração de eletricidade) e a demanda por esses combustíveis irá crescer, exigindo ainda mais empenho de toda a cadeia do setor.
“Mas não há tempo para acomodação, como foi dito agora há pouco. A demanda por combustíveis está crescendo estruturalmente, e já existe uma lacuna entre a demanda a ser atendida e a capacidade hoje instalada de produção de gasolina e etanol. Esta é uma oportunidade que precisa ser aproveitada pelos investidores e pelo exemplo da Raízen”, afirmou.
Ações de apoio do governo federal ao setor
Braga também destacou que a capacidade instalada de energia elétrica a partir da cana de açúcar já é a terceira maior fonte na matriz brasileira e equivale à da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, ficando atrás apenas da hidroeletricidade e do gás natural. Disse ainda que o governo da presidenta Dilma tem o firme propósito de manter o Brasil com a matriz energética mais renovável entre as economias emergentes e desenvolvidas.
Entre as ações já adotadas para apoiar a indústria sucroenergética, o ministro mencionou a eliminação de tributos federais sobre a comercialização do etanol carburante; o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina; reestabelecimento parcial da Cide sobre a gasolina C; financiamento a estocagem de etanol e a renovação dos canaviais, com recursos totais de mais de R$ 6 bilhões, apenas para a última safra; estímulo à inovação por meio do PAISS, com cerca de R$ 4 bilhões em financiamento e subvenção; e a abertura da possibilidade de emissão pelo setor de debêntures incentivadas.
“O governo agiu e continuará agindo para apoiar o setor sucroalcooleiro”, destacou o ministro.
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