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Serviço de monitoramento de rios contribui na redução de impactos de temporais no Rio Grande do Sul
- Foto: Divulgação SGB/MME
Devido às fortes chuvas no Rio Grande do Sul, o governo federal intensificou, desde sexta-feira (26), o monitoramento dos rios da região para dar suporte às ações do estado, dos municípios e das defesas civis. O Serviço Geológico do Brasil (SGB) – empresa pública ligada ao Ministério de Minas e Energia (MME) – tem gerado dados sobre os níveis e previsões para as cidades. A atuação contribui para antecipar cenários e possibilita que sejam adotadas medidas para salvar vidas e reduzir prejuízos.
Mesmo ainda não havendo relatos de que as chuvas intensas na região tenham gerado algum impacto nas barragens de rejeitos de mineração, a Agência Nacional de Mineração (ANM), entidade vinculada ao MME, tem atuado com ações que visam prevenir futuros impactos nas estruturas das mineradoras.
O ministro Alexandre Silveira explica que a situação das barragens na região sul do país vem sendo acompanhada de perto. “A segurança é prioridade. Estamos em contato constante com a ANM, que acompanha as barragens de mineração no Rio Grande do Sul e notificou os empreendedores com orientações a serem tomadas, justamente para que a população da região não precise se preocupar com as barragens num momento em que já sofre tanto com as inundações nas cidades”, diz.
Um grupo formado por representantes de órgãos fiscalizadores de barragens no Governo Federal e na Defesa Civil tem realizado reuniões diárias, e a ANM também tem notificado as mineradoras constantemente. Além disso, a entidade também inseriu em seu site oficial um serviço de alerta a esses empreendedores para que mantenham os sistemas em operação, mas aumentem a frequência de vistorias nas estruturas.
Monitoramento SGB
Pesquisadores da empresa pública têm atuado continuamente, em esquema de plantão, na operação dos Sistemas de Alerta Hidrológico das bacias dos rios Caí, Taquari e Uruguai. Todas as informações são disponibilizadas ao longo do dia, na plataforma do sistema, e consolidadas em boletins de alerta hidrológico, que são enviados aos órgãos de proteção e defesa civil. Além disso, o SGB compartilha os dados e projeções em reuniões promovidas em níveis estadual e federal.
“Essa é uma cheia extraordinária e estamos atuando de forma articulada para garantir a geração de dados qualificados, que possam subsidiar a tomada de decisão por parte de órgãos que estão na linha de frente, desempenhando ações para reduzir os impactos dessa tragédia”, explica a diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do SGB, Alice Castilho.
Novos pontos de monitoramento no Sistema de Alerta
Em um esforço para ampliar a disponibilidade de informações, o SGB apoiou a instalação de equipamento para monitorar o Rio Guaíba, em Porto Alegre, e passou a incluir os dados no Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Taquari. No sistema, também foram incluídas, temporariamente, outras nove estações: Dona Francisca, Campo Bom, São Leopoldo, Rio Pardo, Gravataí, Arambaré, São Lourenço do Sul, Pelotas e Rio Grande. Essas estações permitirão o acompanhamento da cheia no complexo Guaíba e Lagoa dos Patos, desde a cidade de Porto Alegre até Rio Grande.
Apoio técnico para prevenção de desastres e abastecimento emergencial
Além do monitoramento contínuo dos rios, o SGB já desenvolveu, para municípios do Rio Grande do Sul, outros produtos que apoiam as ações de prevenção a desastres, como: mapeamento de áreas de risco (para 62 municípios); estudos geotécnicos que contribuem para um planejamento urbano seguro; mapas de manchas de inundação e estudos sobre chuvas, que apoiam o dimensionamento de estruturas de drenagem fluvial.
O Serviço Geológico do Brasil também disponibiliza informações sobre as águas subterrâneas- SIAGAS, com dados sobre características e localização de poços, para ajudar na identificação de fontes de abastecimento emergencial. Essa ferramenta foi apresentada em reunião do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD).
Sobre a atuação do SGB, Silveira também destaca a importância da empresa pública na atuação no Rio Grande do Sul. “O SGB tem atuado como operador do sistema de alerta das cheias nos rios, que beneficia direta e indiretamente diversos municípios gaúchos, e segue apoiando o governo do estado com logística, instalação de estações para acompanhamento das cheias, envio de equipes em campo, apoio com informações de satélites e imagens de drones, entre outras ações”, explica.
Além de todas as iniciativas mencionadas, a SNGM-MME também tem priorizado a análise de outorgas para água mineral e substâncias como areia, saibro, cascalho, rochas para brita e outras que que auxiliam também na construção civil. Essas iniciativas são fundamentais para a reconstrução das regiões afetadas em decorrência das fortes chuvas no estado.
Com informações do Serviço Geológico do Brasil (SGB)
Assessoria Especial de Comunicação Social - MME
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