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Secretário visita mina de urânio em Minas Gerais
A convite da Indústrias Nucleares do Brasil (INB ), o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME, Alexandre Vidigal, foi conhecer, nos dias 8 e 9 deste mês, a situação atual da mina desativada de urânio de Poços de Caldas, em Minas Gerais. A visita foi realizada na barragem de rejeitos, barragem de água limpa, na cava da mina, depósitos dos resíduos gerados na lavra e no horto florestal. A barragem de rejeitos está em obras para a construção de um novo sistema extravasor de superfície, em substituição ao atual, para garantir maior segurança ao empreendimento. A mina pertence à INB, empresa vinculada ao MME e é responsável pela exploração de urânio no País.
As obras no novo sistema foram iniciadas em janeiro de 2018 e estão sendo realizadas com a finalidade de adequar a Unidade de Tratamento de Minérios (UTM) às melhores práticas de proteção e prevenção ao meio ambiente. A previsão é que as melhorias sejam concluídas em maio deste ano.
Alexandre Vidigal foi acompanhado por uma equipe técnica formada pelo diretor substituto de Transformação e Tecnologia Mineral da SGM, Enir Mendes; pelo diretor geral da Agência Nacional de Mineração, Victor Bicca; e pelo diretor presidente do Serviço Geológico do Brasil, Esteves Colnago.
A unidade de Poços de Caldas
A exploração do urânio no município de Caldas (MG) teve início em 1982. A mina abasteceu a usina nuclear Angra - I durante 13 anos, e em 1995 a unidade encerrou sua produção, após a INB constatar que a operação da unidade era economicamente inviável. Dez anos depois, foi iniciada a descontaminação de suas instalações e terrenos.
As instalações, o solo, as águas e os equipamentos da antiga mineração são permanentemente monitorados, assim como os materiais radioativos que ali estão estocados, de modo a proteger o meio ambiente e assegurar a saúde dos trabalhadores da unidade e dos moradores da região.
Em 2012 o IBAMA aprovou o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), que foi elaborado a partir de estudos nas áreas de hidrologia, geoquímica, hidroquímica e radioproteção, que definiram as obras e as ações de recuperação ambiental a serem realizadas na unidade. Os estudos apontaram a necessidade da realização da construção de um novo sistema extravasor, para aumentar a segurança e a confiabilidade da barragem de rejeitos.
Urânio
O Brasil possui uma significativa reserva de urânio, o que leva o país a ocupar a sétima posição no ranking mundial . São 309.000 toneladas do minério distribuídas entre os estados da Bahia e do Ceará, Paraná e Minas Gerais.
A única mina de urânio atualmente em atividade no Brasil está localizada em Caetité, na Bahia, onde se encontram reservas estimadas em 100 mil toneladas de urânio. A Unidade de Concentrado de Urânio de Caetité – que também pertence a INB, tem capacidade de produzir cerca de 400 toneladas/ano, podendo chegar a 800t com a lavra da mina do Engenho, da mina subterrânea e a duplicação da capacidade de produção da unidade.
Mas estima-se que as reservas brasileiras sejam ainda maiores, já que menos de um terço do território brasileiro foi alvo de pesquisas em busca do minério. Especialistas avaliam que somente a região Norte do país tenha potencial para abrigar mais 300 mil toneladas de urânio. Já foram identificados depósitos em Pitinga (Amazonas), onde o urânio encontra-se associado a outros minerais, e no Pará.
As maiores reservas de urânio se encontram nos seguintes países: Austrália, Cazaquistão, Canadá, Rússia, África do Sul, Níger e Brasil. Atualmente, mais de 11% de toda a energia elétrica consumida no mundo vem do urânio, de acordo com a World Nuclear Association .
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