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Secretário Vidigal se reúne com embaixador norte-americano para tratar de assuntos do setor mineral
O Secretário de Geologia e Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME), Alexandre Vidigal de Oliveira, se reuniu ontem, 07, com o Embaixador dos Estados Unidos da América (EUA) em Brasília, Todd Chapman. A videoconferência foi marcada pela posição e propósitos dos dois países em relação aos rumos e princípios que devem orientar o desenvolvimento do setor mineral.
Na ocasião, Alexandre Vidigal traçou um panorama geral sobre a mineração no Brasil, e indicou as prioridades para o setor, em especial, o avanço da mineração para novas áreas como terras indígenas e faixa de fronteira. “Há uma perspectiva de aumento de investimentos no setor mineral, e também, de que eventual perda no setor, em razão da pandemia, seja a menor possível”, afirmou Vidigal. O secretário disse ainda que, “apesar das adversidades, o momento atual contribuirá, em larga medida, para a elevação da credibilidade, bem como para uma maior confiabilidade e segurança associados à mineração no país, após um ano de ações do governo federal nesse sentido”.
Com relação aos efeitos da crise no setor mineral, Vidigal ponderou sobre a imprecisão das previsões globais, que variam com cenários de redução de 8 a 25% da produção mundial, e indicou que o impacto na mineração deverá ser mais moderado que aquele a se verificar nas indústrias de base e de consumo, por exemplo, dada a natureza da mineração como insumo primordial de importantes setores da economia. Assim, de acordo com Vidigal, os preços do minério de ferro têm-se mantido estáveis, até o momento, ao passo que os preços do ouro e do urânio têm observado elevação. “No Brasil, não se verificou, ainda, impacto expressivo na produção mineral ou perda de postos de trabalho no setor” enfatizou o secretário.
O Embaixador dos EUA, Todd Chapman, manifestou a disposição de seu país em compartilhar a experiência norte-americana no desenvolvimento do setor mineral brasileiro, em particular, sobre mineração em áreas indígenas, assim como regulamentação e inovação tecnológica. Chapman enalteceu as iniciativas para facilitação de negócios no Brasil e indicou a importância de se divulgar esses resultados junto ao setor privado.
Também foi colocada em pauta a possibilidade de cooperação bilateral entre EUA e Brasil, em particular, sobre minerais para inovação tecnológica. A reunião resultou em iniciativas adicionais para cooperação bilateral em temas como monitoramento e recuperação de áreas degradadas por minas desativadas, pesquisa geológica, reaproveitamento de metais em eletroeletrônicos, segurança do trabalho em minas, carvão sustentável, entre outros. Ficou acordado ainda entre as partes, que novas conversas ocorrerão, já a partir da semana que vem, para avançar a negociação sobre temas específicos de cooperação.
A videoconferência foi acompanhada pela Secretária Adjunta, Lilia Sant’Agostino e pelos diretores da SGM, Enir Mendes, Gabriel Maldonado, Ricardo Monteiro e Frederico Bedran, além do Presidente da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), Esteves Colnago e o Diretor-Geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Victor Bicca. Do lado norte-americano, participaram diplomatas lotados na Embaixada e no Consulado Geral dos EUA no Rio de Janeiro, responsáveis pelo tema de mineração.