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Secretária-executiva fala de compromisso e responsabilidade ambiental em evento de mineração realizado no MME
“Queremos trazer uma nova realidade para a mineração, oferecendo para a população um setor com compromisso e responsabilidade, principalmente na questão ambiental”, afirmou a secretária-executiva do Ministério de Minas e Energia, Marisete Dadald, no Seminário “Mineração Urbana e Economia Circular na Mineração”, onde foram tratados assuntos relacionados ao aproveitamento de fontes de matérias-primas em meio aos resíduos gerados pela sociedade. O evento ocorreu hoje, 16, no auditório subsolo, do MME.
Em seu discurso de abertura, Marisete Dadald falou sobre as parcerias que estão sendo realizadas entre o MME e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) que têm trazido benefícios para o setor mineral. “O trabalho conjunto e as orientações do Governo Federal têm gerado diversas ações no sentido de oferecer para a sociedade um sistema produtivo que agrega valor”, afirmou. O seminário é o primeiro produto da parceria entre MME, MCTIC, Centro de Tecnologia Mineral - CETEM, Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - IBICT e Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM.
O diretor do Departamento de Transformação e Tecnologia Mineral, da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (DTTM/SGM), Enir Mendes, explicou que a ideia é integrar instituições públicas, academia, entidades de pesquisa e empresas e dessa forma trazer resultados econômicos, sociais e ambientais para a sociedade. Segundo o diretor, a parceria entre MME, MCTIC, CETEM, IBICT e IBRAM, deve ser ampliada com a participação de outros atores para avançar na formulação de políticas de suporte à gestão integrada dos resíduos com foco na sua reinserção como novo insumo na cadeia produtiva. “Há a necessidade de trabalhar de forma colaborativa na proposição de soluções para o descarte, coleta, armazenagem, reuso e reciclagem dos resíduos da mineração urbana”, afirmou Mendes.
Ainda segundo o diretor (DTTM/SGM), outro ponto importante que precisa ser levado a debate, é referente a proposição de uma regulamentação específica para o setor. “Essa é uma questão sensível e que precisa ser abordada. Devemos atuar ainda na proposição de medidas e soluções para o aproveitamento dos resíduos urbanos dentro desse novo conceito que agrega a mineração urbana”, finalizou.
A economia circular vem ganhando atenção crescente nestes últimos anos e a mineração urbana insere-se nesse contexto, pois apresenta-se como uma alternativa de fontes de insumos complementar ao uso de matérias-primas minerais na indústria. O consumo industrial de sucatas (ferro, cobre e alumínio) e de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos substitui, em parte, o uso de minérios concentrados, diminui o consumo de energia, água, gera emprego e renda, entre outros benefícios para a população.
Além da secretária-executiva do MME e do diretor da SGM/MME, participaram da mesa de abertura o secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTIC, Paulo César Rezende, o diretor do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), Fernando Lins, o diretor do Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM, Flávio Ottoni e a diretora do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT, Cecília Leite. No evento foram abordadas as propostas que atendem à demanda global por uma economia circular, abrangendo a regulamentação e o desenvolvimento de soluções tecnológicas eficientes para a gestão e estratégias sustentáveis, bem como o uso de tecnologias para recuperação de materiais.
Mineração urbana
A Mineração Urbana atende aos preceitos e às demandais globais por uma economia circular e é entendida, de um modo geral, como a ciência que reencaminha soluções para as práticas econômicas unindo o modelo sustentável com a dinâmica tecnológica e comercial do mundo moderno. Ela segue o mesmo princípio das técnicas operacionais da mineração convencional e foca em encontrar e aproveitar fontes de matérias-primas em meio aos resíduos gerados pela sociedade. São materiais encontrados principalmente nos resíduos eletrônicos e da construção civil e são a fonte de geração de novos produtos que podem retornar para a cadeia produtiva.
Nesse contexto, os resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (REEE) são considerado um potencial relevante para o aproveitamento de diversos componentes metálicos e não metálicos, os quais foram introduzidos na base da cadeia produtiva desses equipamentos, como insumos oriundos das atividades de mineração. O Brasil exporta vários tipos de sucatas, incluídas as de eletroeletrônicos, sem caracterização específica, o que resulta em falta de conhecimento sobre quais são os elementos contidos e os teores dos metais comercializados com essa característica. Conhecer melhor esse mercado e os produtos que podem ser reaproveitados é de fundamental importância para a regulamentação dessas atividades econômicas. O desenvolvimento de soluções tecnológicas eficientes e a regulamentação tornam-se elementos críticos para a gestão e estratégias sustentáveis, relacionadas ao aproveitamento dos resíduos de equipamentos eletroeletrônicos.
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