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CELEIRO DAS RENOVÁVEIS
Relatório da AIE reforça o protagonismo do Brasil no cenário internacional
Ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, e o diretor executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, durante painel da COP 28, em Dubai. - Foto: Divulgação / MME
O relatório "Renewables 2023" da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgado nesta quinta-feira (11/01), reforçou a liderança do Brasil na América Latina na questão da expansão de energia renovável. As estimativas apontam um aumento de 165 gigawatts (GW) de geração renovável na região de 2023 a 2028, sendo que o Brasil deve representar mais de 65% desse total. A energia solar lidera a expansão, seguida pela energia eólica.
Ainda de acordo com o documento, o Brasil é responsável por quase 90% das adições de energia solar distribuída na região. As projeções da AIE sugerem que o setor de energia solar distribuída no Brasil manterá essa trajetória ascendente, com adições médias superiores a 7 GW por ano até 2028.
Os dados consolidam o país como um dos destaques da transição energética no cenário internacional, não apenas por seu ambiente favorável ao investimento, mas também por políticas inovadoras que impulsionam o crescimento das fontes de energia limpa e sustentável. Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o Brasil emerge como um exemplo inspirador para outras nações, não apenas na região, mas globalmente, demonstrando que é possível equilibrar o desenvolvimento econômico com a adoção sustentável de energias renováveis e biocombustíveis.
“O sol que tanto castigou o nosso povo agora representa um tempo de mudanças e oportunidades para o Brasil e para América Latina, seja para a renovabilidade das nossas matrizes, ou para a construção de transições energéticas justas e inclusivas, gerando energias limpas, emprego e renda para nossa população. O comprometimento do país em liderar esse processo segue firme, guiando outros países em direção a um futuro mais justo e inclusivo”, destacou
Segundo a AIE, o Brasil tem demonstrado resiliência ao buscar soluções inovadoras. A instituição internacional citou os leilões de transmissão como uma estratégia chave para conectar áreas de alto potencial de recursos renováveis com o restante do país. Só em 2023, foram quase R$ 40 bilhões em investimentos para construção, operação e manutenção de mais de 10 mil quilômetros de linhas, com destaque para região Nordeste e ampliação do escoamento para energia renovável.
BIOCOMBUSTÍVEL
O relatório destaca ainda que o Brasil, em conjunto com outras economias emergentes, lidera o crescimento de biocombustíveis, superando a média dos últimos cinco anos em 30%.
O documento aponta que o país, isoladamente, contribuirá com 40% da expansão global de biocombustíveis até 2028, respaldado por políticas robustas nesse setor. O uso de biocombustíveis no transporte rodoviário permanece como a principal fonte de nova oferta, respondendo por quase 90% da expansão.
As expectativas positivas são reforçadas pelo anúncio de novas políticas como o Programa Combustível do Futuro, que devem impulsionar novos mercados e oportunidades de investimento, como os combustíveis sustentáveis de aviação.
RENOVÁVEIS NO MUNDO
A Agência Internacional de Energia (AIE) afirmou no relatório "Renewables 2023" que o mundo adicionou 50% mais capacidade renovável em 2023 do que em 2022. A instituição internacional reforçou, ainda, que os próximos 5 anos terão um crescimento mais rápido até agora, mas alertou sobre a falta de financiamento para economias emergentes e em desenvolvimento.
O documento indicou que a capacidade mundial de gerar eletricidade renovável está se expandindo mais rápido do nas últimas três décadas. Esse cenário, segundo a AIE, aponta para uma chance real de atingir a meta de triplicar a capacidade global de renováveis até 2030, definida na COP 28, no mês passado.
"O novo relatório da AIE mostra que, sob as políticas atuais e as condições de mercado, a capacidade renovável global já está a caminho de aumentar duas vezes e meia até 2030. Ainda não é suficiente para atingir a meta da COP 28 de triplicar as renováveis, mas estamos nos aproximando – e os governos têm as ferramentas necessárias para fechar a lacuna", disse o diretor executivo da AIE, Fatih Birol.
O Ministro Alexandre Silveira se reuniu, em dezembro de 2023, com o diretor executivo da AIE, Fatih Birol, quando participaram, durante a COP-28, em Dubai, de evento sobre as potencialidades da América Latina, e em especial do Brasil, na transição energética.
Assessoria Especial de Comunicação Social do MME
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