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Pesquisadores iniciam atividades de campo do Projeto Urânio Brasil
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Pesquisadores iniciam atividades de campo do Projeto Urânio Brasil - Foto: CPRM
Em projeto que atende a demanda do Ministério de Minas e Energia (MME), pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) iniciaram, em novembro, as atividades de campo do Projeto Urânio Brasil na região da Província Uranífera de Lagoa Real, em Caetité, na Bahia. O projeto é voltado para a ampliação do conhecimento sobre o potencial do urânio no Brasil.
A realização do projeto se alinha à Política Nuclear Brasileira, prevista no decreto nº 9.600/2018, que tem como objetivo fomentar a pesquisa e prospecção de minérios nucleares no país, com foco no atendimento da demanda interna e exportações.
Os trabalhos de campo foram realizados pelos pesquisadores em geociências Anderson Dourado (DIGECO), Basílio Filho (SUREG-SA), Magno Freitas (RETE) e a técnica em Geociências Junia Mesquita (SUREG-SA).
Entre os dias 2 e 9 de novembro, a equipe contou com o apoio do chefe da Divisão de Geologia Econômica Felipe Mattos Tavares, da Pesquisadora Mônica Freitas do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), do pesquisador Michel Meira (SUREG-SA) e da técnica em Geociências Gersonita Monteiro (SUREG-SA).
As atividades ocorreram em parceria com as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) na Unidade de Concentração de Urânio (URA) Caetité. Os trabalhos foram realizados em duas frentes. Na primeira, foi realizada a descrição sistemática, com amostragem e coleta de dados petrofísicos, de testemunhos de sondagem de diversas anomalias sondadas pela INB. Em outra frente, os pesquisadores realizaram atividades de campo na região da Província Lagoa Real, com o foco na descrição de anomalias e no cheque de áreas com maior favorabilidade para ocorrência de urânio.
O mercado mundial de urânio vem crescendo cada vez mais ao passo que mais empresas e países buscam novas matrizes energéticas alternativas, o que coloca a temática como de suma importância para o Brasil. Segundo o diretor do SGB-CPRM, Marcio Remédio, o Brasil dispõe de um grande potencial na área. “O Programa Urânio do Serviço Geológico do Brasil tende a fazer uma avaliação do potencial de exploração do mineral, delimitar as principais áreas da exploração e estimular a mesma com dados assertivos e reduzindo riscos da exploração”, concluiu Remédio.
O programa foi desenvolvido pela Divisão de Geologia Econômica, liderada pelo pesquisador Felipe Mattos Tavares, por meio do uso de técnicas de modelamento de potencial mineral em escala continental e uso de machine learning. E tem também participação dos pesquisadores Hugo Polo e Raul Meloni, Eduardo Marques, Bruno Calado (Divisão de Geoquímica), Isabele serafim e Iago Costa (Divisão de Geofísica).
*Com informações do CPRM
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